A FEIRA
Com o deslocamento do comércio para a margem da Transnordestina, a feira livre ganhou espaço.
Agora ela estava organizada de maneira que cada rua, ou quarteirão, vendia determinado produto, isto é: cada coisa no seu devido lugar.
As frutas eram vendidas na rua Manoel Alves de Moura. Os cereais encontravam-se no último quarteirão da rua Dr. João Pessoa, desde a Padaria do Sr. Zezinho Tavares até a esquina da 26 de Agosto. Daí até a esquina da José Matias Sampaio, isto é, no penúltimo quarteirão, estavam à venda, cargas de rapaduras, batidas e alfenim, alimentos consumidos em grande quantidade, especialmente na zona rural. Eram utilizados como merenda dos trabalhadores, nas roças, dos vaqueiros, no fabrico dos doces e também para adoçar sucos e café.
Na rua 26 de agosto, no quarteirão que tinha início na Farmácia Santana, estavam instaladas as bancas de miçangas, de óleo para cabelo e a cobiçada banca de “Seu Cícero Ourives”. No quarteirão seguinte, até a cadeia pública, esquina lateral com o açougue, estava o local onde vendia cordas. Ali havia também um espaço reservado para as bancas de café, onde se podia comer e beber, sem retirar-se da feira.
Na primeira quadra da rua José Matias Sampaio, era a feira das panelas. Lá estava exposto, tudo para copa, cozinha e área de serviço, fabricados em argila. Era grande a variedade de potes, panelas, jarras, pratos, tigelas, quartinhas ou moringas; cacos para torrar café, vasilhas para lavar roupas, tudo o que necessitavam as donas de casa. Esse local era bem visitado pelas crianças; que ali iam comprar cofres, brinquedos e utensílios de copa e cozinha, em miniatura, para suas casinhas de bonecas. A criatividade do artesão podia ser admirada, na diversidade das peças e nos detalhes do acabamento.
A travessa José Clementino Tavares estava lotada de bancas onde era vendido fumo de rolo, motivo pelo qual, até hoje é conhecida como “beco do fumo”.
O sábado, dia da feira semanal, era muito movimentado. Adultos e crianças, dos sítios e da cidade, faziam suas compras.
Com a mesada que recebíamos semanalmente, comprávamos bonecas de pano, calungas de plástico, gigolés, presilhas, uma porção de bugigangas, e até brincos e anéis de ouro, com pedras vermelhas, na banca de “Seu Cícero Ourives”.
Os meninos gastavam seu dinheiro com baladeiras, chocalhos para animais, carrinhos de flandre, rosários de catolé e material de pesca.
A feira era para nós um lugar de lazer. Mesmo quando não tínhamos dinheiro, ou quando não queríamos comprar nada, íamos até lá para passear, divertirmo-nos com os cantadores de emboladas ou leitores de versos, de literatura de cordel.
Havia sempre alguma novidade que nos atraia. E se não houvesse, a própria feira, era em si, uma atração extraordinária.
Com o deslocamento do comércio para a margem da Transnordestina, a feira livre ganhou espaço.
Agora ela estava organizada de maneira que cada rua, ou quarteirão, vendia determinado produto, isto é: cada coisa no seu devido lugar.
As frutas eram vendidas na rua Manoel Alves de Moura. Os cereais encontravam-se no último quarteirão da rua Dr. João Pessoa, desde a Padaria do Sr. Zezinho Tavares até a esquina da 26 de Agosto. Daí até a esquina da José Matias Sampaio, isto é, no penúltimo quarteirão, estavam à venda, cargas de rapaduras, batidas e alfenim, alimentos consumidos em grande quantidade, especialmente na zona rural. Eram utilizados como merenda dos trabalhadores, nas roças, dos vaqueiros, no fabrico dos doces e também para adoçar sucos e café.
Na rua 26 de agosto, no quarteirão que tinha início na Farmácia Santana, estavam instaladas as bancas de miçangas, de óleo para cabelo e a cobiçada banca de “Seu Cícero Ourives”. No quarteirão seguinte, até a cadeia pública, esquina lateral com o açougue, estava o local onde vendia cordas. Ali havia também um espaço reservado para as bancas de café, onde se podia comer e beber, sem retirar-se da feira.
Na primeira quadra da rua José Matias Sampaio, era a feira das panelas. Lá estava exposto, tudo para copa, cozinha e área de serviço, fabricados em argila. Era grande a variedade de potes, panelas, jarras, pratos, tigelas, quartinhas ou moringas; cacos para torrar café, vasilhas para lavar roupas, tudo o que necessitavam as donas de casa. Esse local era bem visitado pelas crianças; que ali iam comprar cofres, brinquedos e utensílios de copa e cozinha, em miniatura, para suas casinhas de bonecas. A criatividade do artesão podia ser admirada, na diversidade das peças e nos detalhes do acabamento.
A travessa José Clementino Tavares estava lotada de bancas onde era vendido fumo de rolo, motivo pelo qual, até hoje é conhecida como “beco do fumo”.
O sábado, dia da feira semanal, era muito movimentado. Adultos e crianças, dos sítios e da cidade, faziam suas compras.
Com a mesada que recebíamos semanalmente, comprávamos bonecas de pano, calungas de plástico, gigolés, presilhas, uma porção de bugigangas, e até brincos e anéis de ouro, com pedras vermelhas, na banca de “Seu Cícero Ourives”.
Os meninos gastavam seu dinheiro com baladeiras, chocalhos para animais, carrinhos de flandre, rosários de catolé e material de pesca.
A feira era para nós um lugar de lazer. Mesmo quando não tínhamos dinheiro, ou quando não queríamos comprar nada, íamos até lá para passear, divertirmo-nos com os cantadores de emboladas ou leitores de versos, de literatura de cordel.
Havia sempre alguma novidade que nos atraia. E se não houvesse, a própria feira, era em si, uma atração extraordinária.