Uma sombrinha é só uma coisa
Deveria ser uma manhã como outra qualquer. Uma manhã esquecível. Mas não é. Hoje vou fazer algo que nunca fiz antes, algo que pode ou não ser determinante em minha vida: uma ressonância computadorizada. Tive que acordar mais cedo do que de costume – precisava comer, são necessárias algumas horas em jejum. Coloquei o despertador do celular para funcionar, acordei antes, poucos minutos. Foi bom constatar que meu relógio biológico ainda está funcionando bem – obedece tranquilamente as ordens da mente reguladora: quero acordar a tal hora. E a tal hora, acordo. Acordei.
Preencho o tempo de espera pensando e enquanto penso vou escrevendo. O sol brilha iluminando e aquecendo o dia. Para mim o sol sempre é mensageiro de esperanças. Quando ele brilha vejo a vida por outra perspectiva. Espero que ele brilhe em todas as partes que precisam dele. Há muita tristeza espalhada por este país por falta dele.
Não sei o que se esconde em meu cérebro que está impedindo meus vôos. Tento fazer o melhor que posso, mas o melhor é muito difícil quando uma asa continuamente desobedece ao comando de vôo. Comprei uma bengala, mais uma coisa para eu perder, como minhas sombrinhas.
Perdi minha sombrinha azul turquesa e deveria me conformar, mas não me conformo. Era tão bonita! Meu consolo é que quem ficou com ela tem que se esconder para usá-la – chama muito a atenção. Se ela passar por mim sei que me reconhecerá e virá ao meu encontro voando por sobre todas as outras. Uma boa sombrinha reconhece seu dono. Perdi também a minha sombrinha roxa que comprei na Holanda. Mas com essa eu não tinha nenhuma ligação de afeto. Era apenas mais uma sombrinha: comprei – uma para cada irmã e para três sobrinhas.
O tempo passa rápido. Tenho que me preparar para o exame. Logo estará na hora de sair e eu ainda estou aqui pensando em coisas. É uma perda de tempo pensar em coisas. Sombrinhas são coisas. Só servem para nos proteger, e muito mal, da chuva. Hoje não está chovendo. Não vou precisar delas.
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Deveria ser uma manhã como outra qualquer. Uma manhã esquecível. Mas não é. Hoje vou fazer algo que nunca fiz antes, algo que pode ou não ser determinante em minha vida: uma ressonância computadorizada. Tive que acordar mais cedo do que de costume – precisava comer, são necessárias algumas horas em jejum. Coloquei o despertador do celular para funcionar, acordei antes, poucos minutos. Foi bom constatar que meu relógio biológico ainda está funcionando bem – obedece tranquilamente as ordens da mente reguladora: quero acordar a tal hora. E a tal hora, acordo. Acordei.
Preencho o tempo de espera pensando e enquanto penso vou escrevendo. O sol brilha iluminando e aquecendo o dia. Para mim o sol sempre é mensageiro de esperanças. Quando ele brilha vejo a vida por outra perspectiva. Espero que ele brilhe em todas as partes que precisam dele. Há muita tristeza espalhada por este país por falta dele.
Não sei o que se esconde em meu cérebro que está impedindo meus vôos. Tento fazer o melhor que posso, mas o melhor é muito difícil quando uma asa continuamente desobedece ao comando de vôo. Comprei uma bengala, mais uma coisa para eu perder, como minhas sombrinhas.
Perdi minha sombrinha azul turquesa e deveria me conformar, mas não me conformo. Era tão bonita! Meu consolo é que quem ficou com ela tem que se esconder para usá-la – chama muito a atenção. Se ela passar por mim sei que me reconhecerá e virá ao meu encontro voando por sobre todas as outras. Uma boa sombrinha reconhece seu dono. Perdi também a minha sombrinha roxa que comprei na Holanda. Mas com essa eu não tinha nenhuma ligação de afeto. Era apenas mais uma sombrinha: comprei – uma para cada irmã e para três sobrinhas.
O tempo passa rápido. Tenho que me preparar para o exame. Logo estará na hora de sair e eu ainda estou aqui pensando em coisas. É uma perda de tempo pensar em coisas. Sombrinhas são coisas. Só servem para nos proteger, e muito mal, da chuva. Hoje não está chovendo. Não vou precisar delas.
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