Rio de Janeiro: Perplexidade e dor
Depois de fogos de artifício e de festas de ano novo, muitos sorrisos foram substituídos por lágrimas e inesperados sentimentos de perda e dor.
Por mais que digam que os habitantes surpreendidos pelas enchentes e pelos deslizamentos moravam em áreas de risco, ninguém naquela região esperava tamanha catástrofe natural.
Um lugar lindo, onde a natureza atraía de modo cativante!
Segundo um morador: “Um verdadeiro paraíso onde todos queriam morar!”.
É inimaginável pensar um paraíso coberto de lama, de destroços, de corpos e de destruição. Também é inimaginável pensar a dor dos desabrigados e dos que possuíam parentes que hoje já não podem abraçar.
A hora não é de críticas.
A hora é de socorro, de acalento e de solidariedade.
Nesse instante é reconfortante ser e sentir-se brasileiro.
O brasileiro é solidário por natureza.
Emociona ver as pessoas engajadas no voluntariado de ajuda e socorro às vitimas. Quem não pode ir pessoalmente está arregaçando as mangas e recolhendo roupas, remédios, alimentos, materiais de higiene e de limpeza para serem levados aos nossos irmãos serranos.
Espero que esse momento doloroso não se prolongue e que Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo superem os traumas e cicatrizem a dor das perdas humanas e materiais.
O paraíso poderá ser reconstruído. E a vida certamente seguirá em frente.
Necessita apenas que todos nós aprendamos com as graves conseqüências desse evento. Se houver uma maneira de prevenir e evitar que isso ocorra novamente, que se faça sem hesitação. O que não pode acontecer é que catástrofes naturais continuem pegando habitantes de surpresa; matando, provocando caos e sofrimentos sem que nada seja feito.
Aos meus irmãos serranos do Rio de Janeiro, minhas orações e minha solidariedade.
Que a reconstrução de seus lares venha logo e que seja capaz de pelo menos amenizar um pouquinho toda dor e tristeza advinda dessa indescritível tragédia.