A Arte e a Destruição
A Passagem da cantora inglesa Amy Winehouse pelo Brasil, como sabemos , foi marcada por situações curiosas. Mostrar os seios foi a atitude menos agressiva praticada pela pop star, tão acostumada a uma vida de escândalos. Vieram outros momentos , estranhos, grotescos , bizarros .E, foi aqui em Pernambuco- Recife- que ela protagonizou o seu maior vexame, em terras “tupiniquim”. Esqueceu a letra de uma de suas canções mais conhecida ,"Boulevard of My Broken Dreams". Discutiu com a banda, e o pior: levou um trombo quando ensaiava uns passos de dança- não era frevo-. E para completar, segundo a imprensa, estava consumindo um tipo de bebida, obviamente, psicoativa ou embriagante, em pleno palco.
Muitos dos presentes acharam que foi o pior show da noite. Reagiram de forma fria, quase indiferente à apresentação daquela que é considerada pela crítica, e pelo público a maior estrela pop da atualidade. Houve outras duas atrações musicais, que para sorte da plateia ( que pagou uma nota) tiveram uma exibição diferente ,agradando a todos, e claro, como se diz no meio artístico " roubando a cena”. Em situações assim, vem sempre aquela velha especulação : por que a arte tem um relacionamento tão forte com a destruição? Nesse caso.- Autodestruição. Rimbaud disse que “a arte é fruto de desregramento dos sentidos”. É, para alguns a arte está ligada a loucura, isso é, a fuga de um mundo cheio de regras comportamentais para um lugar onde tudo é permitido, principalmente, o direito de se destruir. Bom, isso realmente tem acontecido.
Muitos artistas ,sejam eles, eruditos, populares ou massificados fizeram essa opção, escolheram o caminho curto, uma vida breve, embora, para eles, cheia de aventuras e emoções .Mas, é bom que se ressalte que há os artistas de vidas simples, um exemplo nosso , é o Pixinguinha. Elegância. Sobriedade. E muito talento. Eu sempre gostei de arte, sobretudo, a literatura . Li alguns autores , autodestrutivos ;outros , podemos considerá-los como equilibrados. A arte significa muito para mim. E também gosto de praticá-la. A música popular, não me seduziu muito, mal consigo colocar três notas no violão. Mas há quem diga que, no vocal, eu não sou tão fraco assim. Em todo caso, resolvi escrever. Tenho medo, às vezes, dos meus escritos. Quando arrependo-me de algum texto que eu fiz, destruo-o. Embora, ressalte-se, a arte tem sido reconhecida como algo terapêutico. A cientista brasileira Nilze da Silveira foi umas das pioneiras na utilização da arte como terapia, no tratamento de doenças mentais.E hoje, a arte é praticada em tantos outros lugares como uma forma terapêutica , com o objetivo de ajudar a curar vários tipos de doenças. A arte faz bem! Muito bem!