FRIBURGO. AS FORÇAS DA DESTRUIÇÃO E DO AMOR.

Tenho um filho residente em Friburgo, adora o lugar, lá vive e trabalha.Faz hoje 42 anos, nasceu tinha eu vinte e seis anos.Chegou ontem em nossa casa, onde cresceu.Nos emocionamos. Casado disse, pai você me criou lá, vou morar lá, embora a praia frequentemos e nela tenhamos nascido. Mas é da mata, embora mergulhador de profundidades de trinta metros, esporte altamente especializado.

A praia e a serra, variantes próximas e máximas, a natureza enfim. Ela mostrou sua força rugindo nas serras fluminenses na madrugada de quarta-feira doze, conforme seu relato, toda a madrugada, com estrondos de toda a parte rolando a floresta mata abaixo e pedras descomunais como bolas de gude. Nada nunca visto igual. Vou para Friburgo desde cinco anos de idade, com chuvas fortes no verão, sempre, em janeiro. Meu filho sem comunicabilidade, aflito e sufocado eu, embora sabendo-o em local seguro em princípio, contei até dez várias vezes para não montar em meu 4x4 e rumar para lá, mas os 4x4 não vencem barreiras. Sabia que não chegaria pelo que tinha de notícias.

Na quinta chegaram notícias, pela tarde, sem o quê iria de qualquer forma. Estava tudo bem e ele com espírito de socorrista e de resgate que tem e conhecimento para isto, formal e experimental, resgatava pessoas e monitorava a coordenação a partir de seu condomínio no Stucky, e auxiliava resgates e ajudas ao Vale do Cedro e Vale do Stucky.

Albert Einstein, começou a ler tarde e era tido como deficiente. Sem computadores e outras sofisticações, com papel e cálculos, chegou à notável fórmula E=Mc ², energia igual à massa vezes a velocidade da luz ao quadrado; a Teoria da Relatividade. Seria uma enorme força, a força atômica, Einstein é o pai da bomba atômica em seus princípios elaborados. Era chamado de santo, profeta, etc, recusava os adjetivos e as qualificações. Exilado em 1933, fugido do nazismo iniciado na Alemanha, foi para os EUA onde em Princeton, Universidade, desenvolveu seus trabalhos. Chamado a ser o Presidente de uma República, o Estado de Israel, recusou. Afirmava não ser capaz de presidir relações humanas, preferia se dedicar à física e à matemática, e dizia “sou feliz porque não preciso coisa alguma de ninguém”. Conhecia a humanidade.

Na escola não passou de um aluno medíocre e seus pais o pensaram um anormal.

Assim decidiu aos doze anos estudar sozinho matemática e ciências. Dedicou-se a relacionar tempo e espaço, a matéria e a energia. Chegou à formula E = mc², e ela se provou com a destruição de Hiroshima.

A maior força da natureza agora se mostra pela solidariedade, o amor, uma força similar e incompreendida, maior do que a descoberta por Einstein ou da que se abateu sobre a serra fluminense. Ela se mostra nessas horas para os homens perceberem suas origens;bondade. Da mesma forma que não se escapa da força da natureza, nem da violência humana, Deus deixa claro nestas horas a força do amor, a mesma que inexiste quando se ativa a permanente destruição pela vontade do homem.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 17/01/2011
Reeditado em 17/01/2011
Código do texto: T2735554
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