O companheiro
"Abre bem as pernas mulher!!!" Gritou a policial, "Dentro dessa bucetona cabe uma artilharia do exército!!!"
Creuzinha não se constrangia mais por passar por esta situação; seu companheiro já estava "grampeado" em Venceslau há 3 anos, além de outras duas estadias em Taubaté e em Franco da Rocha.
Vinha visitá-lo como fazia todo fim de mês, trazia além do sexo gostoso e rápido, alguns itens necessários ao bem-estar do companheiro, como bolo de fubá e refrigerantes - nessa tarde carregava também papais-noéis de porcelana, dizia ser para alegrar seu coração no Natal que chegaria no fim do ano.
Como a policial, experiente em detectar ardis para adentrarem à prisão com armas, drogas e aparelhos eletrônicos e ainda por estar no mês de agosto (faltando 4 pro Natal!) resolveu conferir se estava tudo "limpeza" com aqueles velinhos...enquanto examinava-os atentamente, resmungava "Papai Noel no mês do cachorro louco, essa merda num tá me cheirando bem!".
Creuzinha suava como uma leitoa, a buceta secara-se de pavor, roía o esmalte vermelho das unhas cumpridas, tentando disfarçar o embaraço que lhe causaria se lhe descobrissem, puxava papo "Tão bonitinhos, vão trazer alegrias ao meu Preto, naquela cela bolorenta e superpovoada". Foi então que a policial bateu com a ponta dos dedos num Papai Noel de modo que trincasse sua estrutura, abrindo-se ao meio, como duas metades perfeitamente coladas...de seu interior caiu um saquinho alvo de cocaína e verificando o que se podia achar nos outros, surpreendeu-se com trouxinhas de maconha, uma pistola feminina de bolsa, vick vaporubi, comprimidos...
Naquela tarde a Secretaria de Administração Penitenciária convenceu-se de que os valores natalinos estavam pervertidos, de que a situação era periclitante, a coisa tava preta mesmo! até o bom velinho recrutado como "vapor" pelo crime organizado!
Creuzinha não pôde ver seu companheiro naquele dia, para abençoar-lhe com sexo e mimos, mas voltaria na próxima visitação, final do mês que vem.