Sei lá!

Já disse que por você, iria até o fim do mundo e agora me vejo concluindo que o que realmente une duas pessoas em relacionamento não é amor e sim conveniência. Eu penso que relacionamentos são uma espécie de ligação ao telefone. Num bom dia, você está em sua cabine e alguém te liga e haverá os que permanecerão na mesma ligação conectados, deixando na espera os demais; haverá os que te deixarão do outro lado da linha, enquanto você fica a esperar pela pessoa que estará vivendo tranquilamente sem abrir mão de seu lazer, mas elas não irão desligar o telefone- aceite isso! Então, você vai se sentir sozinho, mesmo sabendo que na extremidade da mesma ligação existe alguém que deveria te deixar em primeiro lugar quase sempre, 99,9 % das vezes, porque era isso o que você também faria por ela. Há ainda aquelas que terão suas ligações cortadas pelo mal tempo, pela falta de boa vontade de ambos e até mesmo por acreditarem que não há nada de comum ficar conversando com alguém que antes não parecia estranho.

Existe um abismo enorme entre amar e conviver; gostaria que existisse um punhado de palavras que explicasse bem esse meu ponto de vista. Mas, cotidianamente, conceitos e ações são difíceis ou facilmente modificados. Quanto ao amor, prefiro acreditar que ele é um plano de fundo donde seja capaz visualizar estrelas a partir do brilho dos próprios olhos, ou que ele repousa no breve espaço entre dois corpos, sendo despertado sempre num melhor momento.

PS: Se a ligação cair, não se desespere, nem se culpe. Há pessoas que não estarão nunca satisfeitas com o que tem; você não deixará de ser melhor por isso!