CHUVAS - MORTES - ÊXODO
A inteligência humana está a serviço da individualidade, primordialmente. Salvo exceções e por menos que se queria ou se admita, assim são as coisas. Quanto muito, zelamos pelo núcleo da familiar.
As notícias estão aí. Enxurradas, deslizamentos, destruição de casas e mortes. Alagamentos das ruas, das rodovias. E cada um que sofre as conseqüências disso, jamais assume as culpa das suas atitudes que acarretaram tais coisas. Sempre a culpa é de outrem. O melhor, o preferido e o maior culpado é sempre o governo.
Vêem as críticas, os lamentos, as promessas de solução. No meio das tragédias surgem os surtos de consciência individual e coletiva, para que nos instantes seguintes tudo volte ao comum e comum será cada um continuar fazendo as coisas a seu modo e a seu serviço, unicamente, preservando a individualidade a que me refiro no inicio.
Tudo isso que vem ocorrendo, é pura e simples conseqüências das atitudes individuais e na soma, das atitudes coletivas. As cidades incham, as áreas urbanas crescem além da lógica. A natureza vai sendo deturpada, alterada e evidente que os estragos ocorrem, continuarão ocorrendo e a cada dia mais nefasto, apesar das queixas, das promessas e de todos os investimentos, que sempre serao insuficientes diante da irresponsabilidade das atitudes individuais e coletivas. Sempre serão insuficientes diante da concentração urbana.
Impossível desassociar todo este desequilíbrio com a exploração capitalista, que fomenta o consumismo, que atrai as pessoas para os grandes centros com toda a estratégia de marketing consumista e inconseqüente, novamente aí atrelado a inteligência a serviço da individualidade ou dos interesses individuais.
Temos no mundo - mais acentuadamente no Brasil - um grande crescimento demográfico. A cada ano são mais e mais humanos ocupando os espaços restritos (urbanos).
No Brasil, especificamente, temos a mais burra inconseqüência coletiva, que é o êxodo rural. Vejam que em 40 anos, nossa população cresceu quase 100 milhões (passou de 90 para 180 milhões) de pessoas e a população rural foi reduzida. Quer dizer, tivemos um crescimento e uma concentração urbana que nada nem nenhum planejamento poderia contornar, de forma a evitar as mazelas que se vive a cada dia e que, inevitavelmente, será crescente.
Some-se a isso, a preguiça e o desleixo dos lixos jogados ao léu. Da irresponsabilidade no lido do bem estar coletivo. Da vil exploração imobiliária. Da nefasta concentração de renda, felizmente melhorada na ultima década.
Temos muita terra devoluta nesse Brasil afora. Viajo muito e de carro. Centenas e centenas de quilômetros de estradas cortando áreas de matas, desabitadas e com proprietários famintos por mais. Por muito mais, comprando, grilando e socando o povo nos centros urbanos.
E centros urbanos com casas acumuladas e dependuradas nas encostas. Esse o desequilíbrio. Gente e mais gente com terras tantas que nem mesmo sabem de tudo que tem. E gente e gente sem mesmo um lote urbano descente e ecologicamente correto para fincar uma moradia.
Fico a imaginar, num cálculo simplório, sujeito a crasso erro, mas arrisco dizer que mais de 90% do solo Brasileiro não é habitado. E que mais de 90% dos 180 milhões de Brasileiros vivem em menos de 10% do solo. E que esses 90% de terras desocupadas, são de usurpadas propriedade de menos de 5% dessa mesma população.
E ficamos aqui preocupados com a violência urbana provocada exatamente por esse desequilíbrio. Ficamos preocupados com a casa que rolou ribanceira abaixo, quando isso é apenas conseqüência do desequilíbrio sócio-político-econômico acarretado pela vil ganância do capitalismo que abocanha as terras e enrica ainda mais construindo artificiais selvas de pedra, cimento e vidro.
Êxodo rural, forjado pela concentração da propriedade da terra. Esse o crime maior. A natureza continua seu rito natural. A ganância é que provoca a estupidez das suas ações consequentes. Com enxurradas, inundações, deslizamentos e mortes, sempre nas concentrações urbanas, oriundas unicamente do êxodo rural que por si é consequência da concentração de terras nas mãos de poucos, que nem as precisam, pelo menos não de tanto.
A inteligência humana está a serviço da individualidade, primordialmente. Salvo exceções e por menos que se queria ou se admita, assim são as coisas. Quanto muito, zelamos pelo núcleo da familiar.
As notícias estão aí. Enxurradas, deslizamentos, destruição de casas e mortes. Alagamentos das ruas, das rodovias. E cada um que sofre as conseqüências disso, jamais assume as culpa das suas atitudes que acarretaram tais coisas. Sempre a culpa é de outrem. O melhor, o preferido e o maior culpado é sempre o governo.
Vêem as críticas, os lamentos, as promessas de solução. No meio das tragédias surgem os surtos de consciência individual e coletiva, para que nos instantes seguintes tudo volte ao comum e comum será cada um continuar fazendo as coisas a seu modo e a seu serviço, unicamente, preservando a individualidade a que me refiro no inicio.
Tudo isso que vem ocorrendo, é pura e simples conseqüências das atitudes individuais e na soma, das atitudes coletivas. As cidades incham, as áreas urbanas crescem além da lógica. A natureza vai sendo deturpada, alterada e evidente que os estragos ocorrem, continuarão ocorrendo e a cada dia mais nefasto, apesar das queixas, das promessas e de todos os investimentos, que sempre serao insuficientes diante da irresponsabilidade das atitudes individuais e coletivas. Sempre serão insuficientes diante da concentração urbana.
Impossível desassociar todo este desequilíbrio com a exploração capitalista, que fomenta o consumismo, que atrai as pessoas para os grandes centros com toda a estratégia de marketing consumista e inconseqüente, novamente aí atrelado a inteligência a serviço da individualidade ou dos interesses individuais.
Temos no mundo - mais acentuadamente no Brasil - um grande crescimento demográfico. A cada ano são mais e mais humanos ocupando os espaços restritos (urbanos).
No Brasil, especificamente, temos a mais burra inconseqüência coletiva, que é o êxodo rural. Vejam que em 40 anos, nossa população cresceu quase 100 milhões (passou de 90 para 180 milhões) de pessoas e a população rural foi reduzida. Quer dizer, tivemos um crescimento e uma concentração urbana que nada nem nenhum planejamento poderia contornar, de forma a evitar as mazelas que se vive a cada dia e que, inevitavelmente, será crescente.
Some-se a isso, a preguiça e o desleixo dos lixos jogados ao léu. Da irresponsabilidade no lido do bem estar coletivo. Da vil exploração imobiliária. Da nefasta concentração de renda, felizmente melhorada na ultima década.
Temos muita terra devoluta nesse Brasil afora. Viajo muito e de carro. Centenas e centenas de quilômetros de estradas cortando áreas de matas, desabitadas e com proprietários famintos por mais. Por muito mais, comprando, grilando e socando o povo nos centros urbanos.
E centros urbanos com casas acumuladas e dependuradas nas encostas. Esse o desequilíbrio. Gente e mais gente com terras tantas que nem mesmo sabem de tudo que tem. E gente e gente sem mesmo um lote urbano descente e ecologicamente correto para fincar uma moradia.
Fico a imaginar, num cálculo simplório, sujeito a crasso erro, mas arrisco dizer que mais de 90% do solo Brasileiro não é habitado. E que mais de 90% dos 180 milhões de Brasileiros vivem em menos de 10% do solo. E que esses 90% de terras desocupadas, são de usurpadas propriedade de menos de 5% dessa mesma população.
E ficamos aqui preocupados com a violência urbana provocada exatamente por esse desequilíbrio. Ficamos preocupados com a casa que rolou ribanceira abaixo, quando isso é apenas conseqüência do desequilíbrio sócio-político-econômico acarretado pela vil ganância do capitalismo que abocanha as terras e enrica ainda mais construindo artificiais selvas de pedra, cimento e vidro.
Êxodo rural, forjado pela concentração da propriedade da terra. Esse o crime maior. A natureza continua seu rito natural. A ganância é que provoca a estupidez das suas ações consequentes. Com enxurradas, inundações, deslizamentos e mortes, sempre nas concentrações urbanas, oriundas unicamente do êxodo rural que por si é consequência da concentração de terras nas mãos de poucos, que nem as precisam, pelo menos não de tanto.