MANHÃ DE SETEMBRO
Fazia uma esplendida manhã de setembro.
O céu estava totalmente azul.
O Sol reinava com toda a grandeza de astro rei,
e eu vinha andando pelo calçadão curtindo o lindo dia.
Na verdade a mãe natureza, nos oferecia um lindo e maravilhoso dia.
Era o primeiro dia da primavera,
a mais nobre das estações.
As flores dos jardins do calçadão estavam agitadas,
elas pareciam estar saudando a sua rainha;
pois, a suave brisa fazia com que se curvassem.
Continuei a minha caminhada pelo movimentado calçadão,
apreciando o que de mais sublime a natureza nos dava:
a primavera, estação das flores e do amor.
De repente meus olhos ficaram maravilhados.
Eu não acreditava no que me obrigavam a ver.
Ela parecia estar surgindo da Mitologia Grega.
Em seu rosto um sorriso meigo e gentil.
Vestia-se com um antigo tecido: primavera-de-flores.
Ostentava em sua cabeça uma coroa de rosas e cravos brancos.
Caminhava com passos firmes, mas, de uma levesa bailarinica.
Trazia em suas mãos delicadas,
uma cesta contendo pétalas de flores,
que em sua passagem eram arremessadas ao povaréu.
Sem dúvidas, ela parecia ser a própria primavera,
pois estava acontecendo naquela manhã de setembro.
o grande desfile da festa primaveral, daquela cidade do interior.
27/12/1990
Haroldo Franco