Catástrofe no Rio, um grito de alerta
Tragédias como a vivida no Rio, dentre outras tantas, deveriam no mínimo, abrir-nos os olhos para sérias mudanças de comportamento com relação ao trato com o planeta. Mudar a forma como nos relacionamos com o poder público.
"O homem chega, já desfaz a natureza
Tira gente, põe represa, diz que tudo vai mudar" (Sá e Guarabyra)
Realmente muda, infelizmente, para pior. O planeta, há muito, vem nos dando sinais de que andamos na direção errada. E nós? Nos omitimos. O poder público? Também se omite. Estamos mais interessados em centros urbanos tecnologicamente perfeitos, não importando com o preço ambiental a pagar.
Enquanto sobram discursos “verdes” em palanques, faltam no “mundo real”, políticas de coordenação e fiscalização da ocupação do solo. Sobra Negligência e condescendência com a especulação imobiliária autorizando projetos que não deveriam ser licenciados.
A cada ano que passa as tragédias são maiores. É alto o preço pago pela nossa displicência. Quantas vítimas ainda precisaremos ver encaixotadas pelo nosso descaso?
É preciso, urgentemente, cobrar do poder público e, não menos, de nós mesmos, políticas ambientais, habitacionais e urbanísticas mais intensivas, preventivas e produtivas. Paliativos já não são suficientes.
Tragédia natural ou social? Não importa. O que interessa são providências e prevenção.
Apenas discursos não bastam. Somos todos responsáveis. Se não tomarmos providências urgentíssimas, estes fatos vão se repetir e o número de vítimas será cada vez maior. Cuidemos para que haja futuro para nossos filhos.