A TRAGÉDIA DA SERRA ESTÁ TÃO PERTO


 
Na Serra estão as minhas casas, terras e meus filhinhos bichos, a Neném que é a minha primeira gata tipo jaguatirica, e veio pra mim na beira do rio Piabanha quando morei por um ano numa casa alugada na beira do rio. Então eu amo Pedro do Rio por incrível que possa parecer amar aquela cidadezinha que não muda em nada em tempo nenhum.
E lá estão meus amigos Murilo, Pressão, Fernando da Empresa, e toda aquela gente eterna ali.

E os meus bichos amados, Fidel lindo branco com manchas nobres marrons, classudo e puro amor. E Chê, seu irmão ciumento parecido com labrador também amoroso.

A Neném apareceu novinha, menina ainda e acabou vindo para dentro de casa e do meu coração, nos amamos como mãe e filha

e tenho coragem de dizer isso.

Ultimamente ando com uma saudade danada dela, pois nos entendemos com tanto carinho e compreensão, que fico besta.

Ela teve depois de crescida, muitos filhotes lindos e nunca vi os gatos que ela namorava e aparecia cada ninhada mais linda. Teve tempo de ter mais de trinta gatos dentro de casa e era uma festa, até a Luciana ficar louca com aquilo e exigiu que eu me desfizesse de todos.

E, na última ninhada, implicou de fazer esterilização de todas as cinco gatas filhas, só nasciam fêmeas. E assim foi,
mas uma escapou e se escondeu no Catetinho, fiz que não vi ,pois até gostei. Pois só assim ainda continuou aparecendo filhotinhos, netos da Neném.
Com a minha vinda de volta para o Rio, esta gata filha ficou meio abandonada lá e, mais recentemente la desapareceu.

Valéria e Fran tomam conta de todos eles.
 
Falar deles e de lá dá doce na alma.

Ultimamente ando tão azeda.

Com esta tromba dágua que caiu em Friburgo, lá no alto da pedreira, caiu uma tromba dágua igual  também e veio descendo água pelo limite esquerdo da fazenda e rolou água que estourou a entrada da fazenda, não pode no momento passar veículos.

Mas os bichinhos estão cá em baixo no sítio, a salvo, provavelmente assustados, pois todos parecem crianças.

Mas o estouro de lama rolou e encheu a casa do caseiro do Marcos.

E, lá em baixo no vale, a água arrancou todas as bananeiras e ocupou a estrada como novo leito do rio, pois o riacho foi pouco pra tudo, causando estragos na estrada, mas ninguém foi ferido, graças a Deus.

Por telefone soube das notícias e dei as orientações necessárias.

Mas estou daqui do Rio acompanhando a tragédia da Serra com muito sofrimento.

São dias que nem consigo escrever nada.

Triste demais tudo.