Rio De Janeiro, arena da esperança.

O vento refrescante tocava a pele daqueles que tiveram o privilégio de lá estar. Afastados da poluição podiam sentir a diferença entre a cidade esse romântico lugar. Cascatas, vegetação intocada mandavam mensagens de bem estar a todos que ansiosos por paz e tranquilidade subiam a serra. Marcas prazerosas de humilde e feliz infância acariciam seu coração, saudosista? Talvez, mas como é bom as lembranças de um passado distante e puro. A água límpida e assustava um pouco, mas como era lindo o lugar... O noticiário a todo instante a faz recordar enquanto o paralelo se faz presente entre passado doce e a realidade cruel. Não consegue ser neutra e tanta dor exposta. Onde estarão as árvores frondosas que abrigavam turistas enquanto lanches eram degustados em segurança. Praças limpas e convidativas transmitiam segurança a todos e visualizávamos sorrisos em todas as faixas etárias presentes. A natureza destruída pelo homem agora cobra o preço sem que nada possamos fazer para impedir. Dores, perdas, lágrimas nos fazem refletir, enquanto na segurança de nossos lares podemos, apenas verificar indignados que jamais seremos os mesmos diante de tal catástrofe. Talvez porque as vezes só a dor intensa nos faça sair de nosso egoísmo e dar menos importância para o próprio umbigo. Conseguiremos pensar realmente o que passam nesse instante ou é só incômodo pelas notícias que não param de chegar relatando maior número de vidas ceifadas, em meio a água agora barrenta, destroços. A praça, onde será que foi parar. Ainda temos esperanças nessa luta, pois não somos apenas um povo que recebe turistas que podem pagar altos preços por lazer e novidades. Somos guerreiros. Vemos um pai que transforma-se em concha inspirado por sentimento de amor e abnegação manter vivo seu pequeno filho. A lutadora que espera por socorro sobre o telhado, enquanto sente sua casa simples desfazer-se debaixo dos seus pés, agarrada ao seu pequenino canino, orando à Deus. Quantas lutas travaram e terão, mas como disse uma pequenina vítima DE DEZ ANOS; COMO SE FAZ PRA RECOMEÇAR? Vencerão mais essa batalha. Não enfrentam leões como no passado, mas vencerão a luta tal qual os guerreiros do passado, com a ajuda de Deus.

os miseráveis
Enviado por os miseráveis em 14/01/2011
Reeditado em 14/01/2011
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