O nome do livro
Tenho um livro que se chama O Cavalheiro de Domingo. O autor é Irving Wallace. No livro, Mr.Wallace conta a razão da escolha do nome: lembra-nos ele de um velho costume inglês que mandava para a cadeia os devedores. Eles podiam ser presos e condenados em qualquer dia da semana – menos aos domingos porque era o dia do Senhor. Então, muita gente se escondia durante a semana e só aparecia os domingos: por essa razão eram chamados de Os Cavalheiros de Domingo.Um desses cavalheiros foi o célebre escritor Daniel Defoe, autor de Robinson Crusoe.
Irving Wallace, para explicar a origem do nome do seu livro, faz um paralelismo com a sua atividade de escritor – passou a vida escrevendo para jornais e revistas para ganhar dinheiro. Mas aos domingos só escrevia o que gostava. Entre esses escritos de domingo estão os artigos que compõem o livro que agora revejo, escondido que estava longe dos meus olhos, no andar de cima da casa.
Títulos de livros são tão fascinantes quanto o próprio livro. Ajudam a vender o livro por isso devem ser escolhidos a dedo – como o nome de um filho. Alguns autores conseguem fazer isso e imprimem um nome que sintetiza tudo o que querem dizer ali – outros, colocam nomes tão curiosos que despertam a atenção imediatamente. Mas alguns títulos repelem.
Tenho alguns livros escritos mofando em minhas gavetas, mas penso que os títulos se escolheram. A maioria, de poesia, porque eu nem sabia que poderia escrever outras coisas. Nenhum feito com um propósito definido. Quando havia um número que eu considerava suficiente, ou se esgotava a temática eu dizia: mais um. Assim nasceram Herança, com minhas lembranças, Alma obscura, com meus tormentos, Com meus olhos de sombra, Caderno de Exercícios, Mapa da Vida, Do Começo ao Fim e outros engavetados Um dia, não mais que de repente, comecei a escrever uma história de amor – Daí surgiu O Cachorro Amarelo. Hesitei um bocado em chamá-lo assim porque já havia lido um romance policial com esse nome (Georges Simenon). Não adiantou. O nome se encasquetou e teve que ficar embora eu achasse que deveria ter outro mais atraente. Uma cópia xexelenta circulou entre os amigos que gostaram e acabaram pedindo continuação – nasceu então O Clube do Cravo Vermelho. Deveria ser uma trilogia – Morro Alto. Mas o terceiro, Os filhos de Abud empacou e não saiu do primeiro capítulo. Tenho outro empacado: As mulheres da Rua do Fogo.
Uma experiência fascinante foi escrever O Círculo Finito a quatro mãos – as minhas e as do Bernard Gontier. Bernard e eu somos amigos e leitores recíprocos praticamente há três anos e um dia ele fez a proposta e eu topei – ele escrevia um capítulo e mandava por e-mail, eu lia e fazia o capítulo seguinte mandando também por e-mail. O título fui eu quem escolhi, o personagem principal, um site que denunciava certos desmandos da vida oculta do submundo da política nacional foi ele.(Ferramenta do Raciocínio Relativo). Semelhanças com situações atuais só posso garantir que fizemos primeiro.
Vendo a profundidade de minhas gavetas entulhadas e praticamente nada publicado só me resta pensar que para mim todos os dias são domingos já que escrevo apenas para o meu bel prazer.
Tenho um livro que se chama O Cavalheiro de Domingo. O autor é Irving Wallace. No livro, Mr.Wallace conta a razão da escolha do nome: lembra-nos ele de um velho costume inglês que mandava para a cadeia os devedores. Eles podiam ser presos e condenados em qualquer dia da semana – menos aos domingos porque era o dia do Senhor. Então, muita gente se escondia durante a semana e só aparecia os domingos: por essa razão eram chamados de Os Cavalheiros de Domingo.Um desses cavalheiros foi o célebre escritor Daniel Defoe, autor de Robinson Crusoe.
Irving Wallace, para explicar a origem do nome do seu livro, faz um paralelismo com a sua atividade de escritor – passou a vida escrevendo para jornais e revistas para ganhar dinheiro. Mas aos domingos só escrevia o que gostava. Entre esses escritos de domingo estão os artigos que compõem o livro que agora revejo, escondido que estava longe dos meus olhos, no andar de cima da casa.
Títulos de livros são tão fascinantes quanto o próprio livro. Ajudam a vender o livro por isso devem ser escolhidos a dedo – como o nome de um filho. Alguns autores conseguem fazer isso e imprimem um nome que sintetiza tudo o que querem dizer ali – outros, colocam nomes tão curiosos que despertam a atenção imediatamente. Mas alguns títulos repelem.
Tenho alguns livros escritos mofando em minhas gavetas, mas penso que os títulos se escolheram. A maioria, de poesia, porque eu nem sabia que poderia escrever outras coisas. Nenhum feito com um propósito definido. Quando havia um número que eu considerava suficiente, ou se esgotava a temática eu dizia: mais um. Assim nasceram Herança, com minhas lembranças, Alma obscura, com meus tormentos, Com meus olhos de sombra, Caderno de Exercícios, Mapa da Vida, Do Começo ao Fim e outros engavetados Um dia, não mais que de repente, comecei a escrever uma história de amor – Daí surgiu O Cachorro Amarelo. Hesitei um bocado em chamá-lo assim porque já havia lido um romance policial com esse nome (Georges Simenon). Não adiantou. O nome se encasquetou e teve que ficar embora eu achasse que deveria ter outro mais atraente. Uma cópia xexelenta circulou entre os amigos que gostaram e acabaram pedindo continuação – nasceu então O Clube do Cravo Vermelho. Deveria ser uma trilogia – Morro Alto. Mas o terceiro, Os filhos de Abud empacou e não saiu do primeiro capítulo. Tenho outro empacado: As mulheres da Rua do Fogo.
Uma experiência fascinante foi escrever O Círculo Finito a quatro mãos – as minhas e as do Bernard Gontier. Bernard e eu somos amigos e leitores recíprocos praticamente há três anos e um dia ele fez a proposta e eu topei – ele escrevia um capítulo e mandava por e-mail, eu lia e fazia o capítulo seguinte mandando também por e-mail. O título fui eu quem escolhi, o personagem principal, um site que denunciava certos desmandos da vida oculta do submundo da política nacional foi ele.(Ferramenta do Raciocínio Relativo). Semelhanças com situações atuais só posso garantir que fizemos primeiro.
Vendo a profundidade de minhas gavetas entulhadas e praticamente nada publicado só me resta pensar que para mim todos os dias são domingos já que escrevo apenas para o meu bel prazer.