QUINZE SEGUNDOS OU MINUTOS (SEM FAMA)
 

 
 



E lá vou eu, novamente, escrever sobre os contos tradicionais e as construções minimalistas, mais precisamente, os minicontos.

Não é estranho imaginar que o valor de um texto possa ser medido pelo número de linhas?

O que torna uma criação consistente não é seu tamanho, mas a possibilidade de preencher lacunas do sentido.

Por si só, a forma tradicional não garante a condução do argumento. Há criações longas que caem no vazio e sintéticas que dizem muito. Além de ser claro e óbvio que as histórias fulminantes também podem esvaziar o sentido se não forem bem articuladas.

A meu ver, o que difere, basicamente, no caso do sentido permanecer vago, será o tempo que o leitor demorará para criticar: "quinze segundos ou minutos".

Não importa o caminho escolhido pelo autor. O que interessa (e conta) é conseguir elaborar e expressar uma boa idéia. Independente do enredo se desenrolar em uma ou cem linhas.

É preocupante imaginar que a expressão seja avaliada pela quantidade de caracteres e não pelos sentidos que só a palavra pode conter.
   

Dolce Vita
Enviado por Dolce Vita em 12/01/2011
Reeditado em 24/06/2011
Código do texto: T2725056
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