Isabel... Veio passear...

Isabel... Personagem querida que, de vez em quando, gosta de aparecer nos meus textos.

Por volta das cinco, Isabel estava apaixonada... Entrega-se ao moço... Rompe com as barreiras do som... Encontra Arte até em miolo de pão.
Izabel tem cuidado... Mas, ama o moço.

Por volta das treze horas, Isabel anda contente... Mas, o acaso dá tantas voltas e Isabel fica doente.

_Uma amiga falou...
_ Falou o que Isabel? Não vê que eu escrevo?!

_ Ela falou que está grávida...
_ Que maravilha! Feliz eu fico. Posso voltar ao texto em questão?

Isabel anda quieta demais... Não gosto quando ela vem pelas beiradas... Gosto de linha reta... Para não deslizar na estrada.
Enfim... A tal amiga está grávida e isso preocupou Isabel... Tocou seu ventre à maternidade? Dizem que o relógio biológico da reprodução precisa ser acertado com o relógio interno da conta bancária... Mas, Isabel ama o moço.

Materno...Terno seio... Zelo e cuidado... (mesma coisa, mas enriquece o texto...) Berço, fralda... Sopas...

A moça passa mal... Dizem passar mais tempo no hospital do que em casa...
_ A psicanálise da coisa afirma que a mãe rejeita o feto... Isso traz culpa para quem enjoa... Isso não é coisa que se diga!...

_ Certo, eu concordo Isabel!...

Voltando...

Isabel rói as unhas... Perdeu peso... Anda chorando. Pensa que eu não noto...

_ Vamos falar...Precisamos falar!... (diz ao telefone... mas, em seguida, diz "não tudo bem... Não é nada importante... Cuidemos das contas. D... o trabalho atrasado... Das voltas na dança".)

Isabel, calando a boca!! Surpresa fico eu.

Enfim... Uma febre que não passa... Um pedido de exame... E Isabel está grávida.
Sem dizer do que se tratava... Pediu ao moço a resposta que todas esperam nessa hora...
Não veio... Nem de longe teria apoio... Nem um fio de ar aguardava essa relação.

Isabel suspirou... Criou o filho sozinha... Deu de comer e beber... Levou-o ao primeiro dia de escola... E se perguntado "qual pai", ela diria "não sei". Foram noites e dias na beirada da cama... Do sarampo ao corte no pé... Levou-o ao cinema... Ao teatro... À cultura de outros povos... Foi ao primeiro encontro marcado.
Isabel levou seu filho ao altar... Viu seus netos nascerem... ( como fizeram crianças esses dois!...)...

Isabel arrepia-se... Queria o Amor a contento... A febre queima os seus miolos...
Ainda é dia... Não passou o tempo.

A caixinha na mão... O contraste do exame anterior... Isabel colhe a vida num tubinho de plástico e aguarda o resultado...

Como podem duas linhas cor-de-rosa fazer tanta diferença na vida de uma mulher?!...

_ Uma linha... rs ( Diz Isabel bem baixinho...)

Ufa! Isabel, você me dá cada susto...
!


11:03
Nadia Rockenbach
Enviado por Nadia Rockenbach em 11/01/2011
Reeditado em 20/01/2011
Código do texto: T2722277
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