Parálise
Quando me peguei na varanda a paisagem parecia anseio de
Monet a ausência do vento paralisava as folhas e flores em
estáticas cores não havia pássaros passando nem borboletas
voando insetos passeando uma plena ausência de almas nem
som nem riso ou dor sequer ao menos um rumor no fundo
azul do firmamento nenhuma lua ou nuvem espalhada o sol
silenciosamente queimava o verde uma natureza sem anima
existia alí num sossego extremo minutos de paz que tomaram
meu olhar extasiado pintura tal tão divina e natural eu não
soube o que fazer com aquilo não sei o que faço de mim