DIÁRIO DE UMA ESTRESSADA

Celular desperta. Num átimo, sem raciocinar, lanço-o longe. Despertar assim de um sono profundo, ninguém merece! Afinal, eu estava no meio de um sonho lindo e bem no momento em que o cara bonito, forte e sensual me "implorava" que ficasse com ele... Fazer o que? Levantar, é óbvio! Se eu ficar mais um pouco na cama, volto a sonhar com o garanhão e corro o risco de aceitar a "cantada". Depois acordo novamente e me sinto frustrada. Por que os sonhos são tão bonitos? Devem ser uma fuga do real...

E a realidade surge num dia emburrado (que nem eu quando acordo), ameaçando chuva, vento forte. Lá vou eu para o chuveiro, acordar de vez. Chimarrão à vista amansa meu "burrinho" matinal.

Pronta para mais um dia de trabalho, corro para tomar a condução e, nesse exato momento, S.Pedro resolve abrir as comportas do céu e eu tomo "outro" banho fenomenal. Dessa vez de roupa e tudo! Tenho duas alternativas: voltar para casa ou passar o dia molhada arriscando pegar um resfriado. Resolvo voltar e trocar de roupa, enquanto um pensamento me instiga a gritar em plena rua. Não o faço para não parecer louca, coisa que, acho, vou ficar a qualquer momento. O que penso? S.Pedro deve odiar pobre e trabalhador, porque a chuva SEMPRE cai na hora de ir ou voltar do trabalho.

É claro que chego atrasada ao serviço. Sala cheia, telefone que toca sem parar, gente impaciente, recados mil. E assim passo o dia. As 18 horas, quando o dia profissional termina, eu estou mais acabada que o dia.

Em casa, afinal! Novo banho, dessa vez sem roupa, mais demorado para aliviar a tensão. Novamente chimarrão para acalmar. Pouco tempo para ficar no computador... Porque será que o tempo voa naquilo que nos dá prazer? Assisto "Passione" para esquecer os percalços do dia. Afinal a novela é para isso mesmo, pois não exige esforço mental. Mais uma hora no computador. Ah! Como corre esse relógio! Tenho que dormir. Afinal quase 1 hora da madrugada e ainda tenho que cumprir a gostosa rotina de ler. Porque eu não durmo sem um bom livro!

Leio, leio e cadê o sono? Apago a luz, afofo o travesseiro, viro p'rá cá e p'rá lá, rezo, conto carneiros, cabritos e cabras, e nada! Não adianta, vou ter que engolir um Rivotril! Bendito Rivotril! Caio num sono profundo e, 4 horas depois, o que acontece?

Relógio desperta, dou o velho "safanão" e tudo recomeça...

Giustina
Enviado por Giustina em 09/01/2011
Reeditado em 24/02/2014
Código do texto: T2717854
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