AINDA O NATAL

O meu amigo Treze. (Trezinari) Teve como porém para a promoção que iria receber a meia noite de 24 para 25 um plantão que teria começado ás 8:00 horas do dia 24, e já fora da caserna por reforma (aposentadoria) dei uma forcinha para a ceia que fariam e não consegui ir dar um abraço no pessoal por causa do corrido que é uma data assim. E ficou para depois.

Fizeram uma ótima ceia, mas deu muitos chamados e quase não sei se conseguirIam reunir o plantão, mas o criador entendeu que todos ali precisavam ver o nascimento do menino Jesus e não é que deu pra juntar a turma? Havia ainda um Aspirante a oficial com estágio de seis meses para voltar promovido a tenente à sua terra natal (ansiava por ver o estrelado céu de Goiás) de serviço que trouxe esposa e filho. além deles de outras bandas uma soldado que queria levar a família até o quartel e acabaram, ficando por lá também e a ceia foi realmente boa com qualquer coisa de sensacional. (de acordo com o Treze é claro).

Mas o fato marcante para o treze que saiu para um chamado pouco antes da meia noite e foi promovido trabalhando e teve que trocar as estrelas na viatura foi um caso de um moço que estava dormindo na galeria do Ribeirão Arrudas com possibilidades de pegar doenças e em local nada adequado para uma data tão especial. Uma equipe desceu até onde estava o rapaz e depois de um rosário de queixas, estranhamente sóbrio e visivelmente contrariado com os rumos que sua vida tomou havia decidido dormir ali e daria um jeito de ir para outro lugar depois e de fato o treze me disse que não via nada demais, mas como populares aglomeravam por causa do inusitado da situação ele não poderia ficar ali e um abrigo municipal seria a solução imediata mais viável embora paliativa. Postura insensível de outra autoridade que estivesse à frente talvez, não O Tenente Trezinari que em diálogos mais brandos e disponibilidade de tempo (outra força do criador com a redução de chamados) Colheu dele informações de que seria alguém vindo do Espírito Santo, terra que gostaria de passar aquele natal e mergulhado em problemas originado por drogas foi abandonado pela família e errante foi parar ali, dentro da galeria do Arrudas, em épocas de enxurradas.

A partir dai o Treze entendeu que o razoável seria preencher o tempo dele até a possibilidade de não mais direciona-lo a um abrigo que lhe dispensaria no dia seguinte, mas cuidar para que ele volte para sua terra onde mesmo com as adversidades em evidência alguém certamente o esperaria ou acolheria. Uma equipe da TV Record passou a interessar pelo caso e o horizonte de quem estava pensando no Sol poente voltou a dar um brilho melhor.

Pela minha decisão de evitar textos longos vou encurtar esse artigo dizendo que o rapaz foi reanimado na auto estima por um cabo da Polícia militar, que era evangélico e dissera a ele que Deus lhe abriu de novo uma porta, e o Capitão Ribeiro de plantão no COBOM (Centro de Operações de Bombeiros) eliminou a burocracia de conseguir passagens através de favores no terminal rodoviário e pagou com recursos próprios a passagem de volta para ele que tendo indo deu uma reestruturada na vida para seguir um rumo melhor na sua terra e a partir de lá deveria firmar-se como alguém que gosta da vida.

LIGOU PARA O TREZE DIA 04 AGRADECENDO E DISSE QUE ESTAVA EM CONDIÇÕES MELHORES.