Aparelho de fax
Tenho um à minha frente, que em priscas eras deve ter tido alguma utilidade.
Hoje, desconfio que a sua real função seja lembrar-me que tudo, absolutamente tudo o que o dinheiro pode comprar e que tenha ou não a ver com tecnologia, é efêmero. Como que a me dizer que é bobagem investir em Kindles, I-phones, I-pads, todos os tipos de tablets e notebooks, pois logo aparecerá um outro aparelho muito mais eficiente e obviamente mais complicado.
Esses gênios das telecomunicações, dos quais o meu sobrinho é um dos expoentes máximos, realmente sabem como transformar o que até então era totalmente desnecessário em absolutamente imprescindível...
Eu, moderadamente impaciente, vou continuar não esperando o mais recente lançamento, até porque sempre haverá... (falem baixo, mas é até possível que ai mesmo ao lado desta crônica, tenha um anúncio de um desses).
Mas eu falava do falecido aparelho de fax.
Está, dito monstrengo, posto em sossego sobre a mesa do escritório aqui de casa, impondo-se sem cerimônia como se fôsse o dono do pedaço, empurrando a "bola" de futebol americano que ganhei do Renato e escondendo, felizmente, a caricatura com a qual um (muy) amigo me presenteou.
Ainda bem que respeita o Menino Jesus que a Fabí trouxe de Praga, as fotos que comprovam que pelo menos um dia fui criança e as 2 placas Madrilenhas que eu trouxe para a Lúcia, como se necessárias fossem.
Olhando bem para ele, após todos esses anos, acho que finalmente descobri a razão maior de tê-lo comprado: entre inúmeras aplicações ainda obscuras, serve também como um prosaico e simples... telefone !
A conclusão é que assim que conseguir entender o estranho idioma do meu sobrinho, futuro gênio das telecomunicações de apenas 2 anos, vou me sentar com ele prá aprender umas lições...
Leo