MMXI

Luiz Celso de Matos

Oba! Chegou o ano-novo. Novo só?...Não! Novíssimo!

Uma nova Esperança está a postos. Aliás, a velha esperança foi a última que morreu no ano que findou.

Esta esperança do ano-novo está zerada. Cada lar, cada cidadão brasileiro guarda a sete chaves suas esperanças.

Esperança em ganhar bastante dinheiro com a Mega Cena ou em uma bela milhar das fezinhas diárias nos chalés das esquinas;

esperança em poder derrubar as grades e não se sentir um prisioneiro em sua própria moradia de segurança máxima;

esperança que o Crack comece a dar disenteria permanente nos traficantes e usuários;

esperança de que em Brasília, os políticos sintam uma repentina e severa alergia à corrupção e aos velhos e maus hábitos;

esperança que os meio de comunicação não estimulem a juventude a comportamentos medíocres e grosseiros, através de programações medíocres e grosseiras;

esperança que os deuses do futebol não queiram imitar a Gisele Buchen, e lembrem-se de jogar futebol, com chuteiras;

esperança de que os motoristas que gostam de volume super alto, ganhem logo o troféu de babaca do ano, para acabarem com esta ensurdecedora e tola demonstração de mau gosto musical e comportamental;

esperança de que em cada cidade violenta, ocorra uma revitalização urbana tal qual está se dando no Complexo do Alemão, deixando a cidade maravilhosa;

esperança de que nenhum ser humano, rico ou pobre, branco ou negro,

intelectual ou Tiririca, venha, jamais, a perder a ESPERANÇA naquilo que

sinceramente almejar;

esperança em Deus e, que neste novo ano, o homem volte a acreditar no homem;

que haja PAZ, uma duradoura PAZ, entre todos habitantes do hemisfério austral ao

boreal, para todo o sempre.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Luiz Celso de Matos
Enviado por Luiz Celso de Matos em 06/01/2011
Código do texto: T2713242