Tempo: olha-me de perto e te aprisionarei.
Alguém com certeza já ouviu outrem dizer: “Eu não consigo ficar parado! sem fazer nada!” E quem já não pensou que isso é maluquice, isso não existe, é coisa de maluco!?. Todos nos acostumamos à rotina e isso se aplica às mais estressantes, estafantes e ocupadas rotinas.
O tempo, disputado entre um milhão de atribuições, beija a face do outrora atordoado pelos muitos afazeres e diz: agora me ature, agüente-me e saiba que o que antes faltava de mim agora sobrará e fará de ti um ansioso que de minha overdose ficará entediado.
Ahhhhh as férias, como pensar em férias quando o correr, apressar e concluir toma dez dos seus meses do ano, como pensar em transpor as inacabáveis 24 horas desse interminável dia, como descansar se o descanso torna-se excessivamente longo quando excede mais que uma semana.
E face a face com os ponteiros do relógio somos pelo Tempo inquiridos, provocados por esse rapioqueiro, que insiste em bater na mesma tecla que parece ser síncrona ao correr dos minutos e repete, e repete, e repete: “Esqueçe-me ou lhe enlouquecerei!” te entediarei e te farei suplicar a volta da época em que eu (Tempo) era escasso.