EXPEDITINHO DE QUINHA
Certa noite cheguei em casa, suado e ofegante como era comum, após as brincadeiras de rua e dei de cara com minha mãe já preocupada pelo fato de eu e meu irmão até aquela hora ainda não ter chegado em casa.
- Cadê o seu irmão, perguntou minha mãe.
- Ele está brincando na casa de fulano de tal, respondi.
- Vou buscá-lo, já falei pra vocês que isso não é hora de menino está na rua, resmungou ela.
Ao chegar no local que havia indicado, encontrou vários meninos brincando em uma algazarra danada. O local não tinha boa iluminação e minha mãe mirou o olhar em um dos meninos que ela entendeu ser o meu irmão, pegou-o pela orelha, arrastando-o pelo caminho de casa.
- Vamos pra casa Jorge, já lhe falei que isso não é hora de menino está na casa dos outros. Vociferou, brava.
No que o pobre menino já com a orelha vermelha gritava:
- Eu não sou Jorge não D. Maria, eu sou Expeditinho de Quinha!
Obs: A vítima dessa história é o hoje poeta e recantista dito.