MICROCONTOS: A HISTÓRIA ATRÁS DA HISTÓRIA
Se você é leitor de minicontos, conhece as histórias brevíssimas, onde o sentido é condensado numa frase. Estes enredos fulminantes abrem a porta da imaginação e convidam a pensar "a história atrás da história".
Imagino os microcontos como fotografias feitas com a palavra.
Compará-los aos tradicionais seria o mesmo que tecer um paralelo entre fotografia e filme. O tratamento da imagem é diverso para ambos, assim como nos contos, a palavra é esculpida de maneira distinta. Se por um lado o conto em sua forma tradicional permite o desenvolvimento maior da idéia, por outro, o miniconto convida o leitor a "participar" do enredo, pensando o que teria ocorrido até aquele momento "fotografado" pelo autor e também, depois disto.
Nos minicontos uma situação é retratada com precisão e sensibilidade, outras vezes, humor. Neste caso, lembra uma tira de jornal produzida apenas com a palavra. Quando inspirado em ilustração, o diálogo entre imagem e texto acontece de forma instantânea. Muitas vezes tenho a sensação de que a imagem funcionaria como "legenda" do próprio conto.
Ainda que esteja encantada com a possibilidade de contar histórias numa frase, não significa que a expressão possa ser capturada totalmente ali. Por isso, é tão prazeroso transitar também em outros gêneros. E, do meu ponto de vista, encontro sentido e valor em todos eles.
Sínteses poéticas não concorrem com outras construções em versos, por isso, suponho que microcontos e os tradicionais possam compartilhar autores e leitores.
Afinal, a palavra tem (mais) beleza quando é livre.
(*) ESTE TEXTO REPRESENTA UM PONTO DE VISTA SEM O MENOR COMPROMISSO COM CRÍTICA OU TEORIA LITERÁRIA.
(*) IMAGEM: Google
http://www.dolcevita.prosaeverso.net
Se você é leitor de minicontos, conhece as histórias brevíssimas, onde o sentido é condensado numa frase. Estes enredos fulminantes abrem a porta da imaginação e convidam a pensar "a história atrás da história".
Imagino os microcontos como fotografias feitas com a palavra.
Compará-los aos tradicionais seria o mesmo que tecer um paralelo entre fotografia e filme. O tratamento da imagem é diverso para ambos, assim como nos contos, a palavra é esculpida de maneira distinta. Se por um lado o conto em sua forma tradicional permite o desenvolvimento maior da idéia, por outro, o miniconto convida o leitor a "participar" do enredo, pensando o que teria ocorrido até aquele momento "fotografado" pelo autor e também, depois disto.
Nos minicontos uma situação é retratada com precisão e sensibilidade, outras vezes, humor. Neste caso, lembra uma tira de jornal produzida apenas com a palavra. Quando inspirado em ilustração, o diálogo entre imagem e texto acontece de forma instantânea. Muitas vezes tenho a sensação de que a imagem funcionaria como "legenda" do próprio conto.
Ainda que esteja encantada com a possibilidade de contar histórias numa frase, não significa que a expressão possa ser capturada totalmente ali. Por isso, é tão prazeroso transitar também em outros gêneros. E, do meu ponto de vista, encontro sentido e valor em todos eles.
Sínteses poéticas não concorrem com outras construções em versos, por isso, suponho que microcontos e os tradicionais possam compartilhar autores e leitores.
Afinal, a palavra tem (mais) beleza quando é livre.
(*) ESTE TEXTO REPRESENTA UM PONTO DE VISTA SEM O MENOR COMPROMISSO COM CRÍTICA OU TEORIA LITERÁRIA.
(*) IMAGEM: Google
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