RETROSPECTIVA DA DÉCADA
Um novo ano está à nossa frente. Chegamos a 2011 finalmente; onze anos depois de 2000 e um ano antes de 2012, quando o mundo aguarda e se impressiona com a profecia maia sobre o fim do mundo.
Há mais de 30 anos se acreditava que não chegaríamos a 2000. Quando eu tinha em torno de dez, treze, quinze anos, acreditávamos que nem chegaríamos a casar. Lembro-me de duas mulheres grávidas quando eu tinha trezes anos, minha madrasta e a senhora, Naír, para cuja família dávamos um estudo bíblico nas sextas-feiras a noite. Falando de seus dois filhos que estavam por vir, elas diziam que as crianças iam nascer só para sofrer perseguição quando ainda pequenos. Entretanto, aqueles bebês já estão com mais de trinta anos.
O Ano 2000 parecia tão longínquo que imaginávamos que nesse tempo os carros já estariam voando em vez de andando pelo chão. E, à medida que se aproximava esse ano, um estado de apreensão se guardava nos corações das pessoas.
No final dos anos setenta e início dos oitenta, o programa Dois Mil e Em, da rádio Guaíba AM de Porto Alegre, tratava de documentários sobre o futuro, o curso da degradação ecológica e os avanços tecnológicos, encerrando o programa sempre com a frase de efeito: “Mas tudo isso, bem depois de Dois Mil e Um!”
Sendo ouvinte assíduo desse programa com meu pai, ao ouvir essa frase, sentia que era perda de tempo fazer projeções para depois de 2001, pois o mundo não chegaria até lá.
Havia, inclusive, um mito católico que dizia que antes de subir ao céu Jesus teria subido numa pedra e dito: “Até mil chegará, mas de 2000 não passará. E a lenda incluía que os pés de Cristo teriam ficado gravados na pedra.
“Quão moles eram aquelas pedras”, disse o Jô Soares no programa que entrevistou o Dr. Rodrigo Silva, professor e curador do Museu de Arqueologia do UNASP, quando observaram ambos que os pés de Maomé também tinham ficado gravados numa pedra quando este foi assunto ao céu.
Mas, enfim, chegou o ano de 1990, muito próximo de 2000; a última década, ao fim da qual havia a expectação do fim do mundo. Antes de chegar à 1990, porém, passamos por mudanças históricas, indicando o estabelecimento da paz: Entre elas, O fim do comunismo soviético e a queda do muro de Berlim, em 1989, que culminou com a abertura das fronteiras para unificação da Europa. O fim da Guerra Fria. A propagandeada ameaça constante de guerra nuclear, que era o pesadelo do mundo desde o fim da segunda guerra mundial.
Porém, na Bíblia está escrito sobre os eventos finais: “Quando disserem: ‘Paz e segurança’, a destruição virá sobre eles de repente, como as dores de parto à mulher grávida; e de modo nenhum escaparão.” - I Tessalonicenses. 5:3
E então, depois de 1990, passamos pela Guerra do Golfo, em 1991, orquestrada por George Buch pai em nome das reservas de petróleo dos Estados Unidos da América do Norte. Passamos pela profecia de Nostradamus que indicava o fim do mundo para de 11 de agosto de 1999, dia de eclipse solar e luz amarelada, quando muitas pessoas tiraram a própria vida por causa do medo do fim do mundo. Passamos pelo Bug do Milênio, o medo de pane nos computadores e apagamento de suas memórias na virada do século e do milênio entre 1999 e 2000. Passamos pelo dia 11 de setembro de 2001, quando a rede terrorista Al-Qaeda despertou os norte-americanos como fizeram os japoneses em 1941, mas os fanáticos da vez atingiram o coração dos Estados Unidos, matando quase cinco mil civis.
Sobre isto eu tinha lido numa compilação de cartas da irmã White em 1999, no livro Eventos Finais, da Casa Publicadora Brasileira, uma profecia feita em 1909.
E finalmente passamos pela guerra do Afeganistão em 2003 e a do Iraque, em 2003, orquestradas agora por George W. Buch (o filho) com a anuência e bênção do Papa João Paulo Segundo, que mais ou menos quinze anos antes negociara o fim da cortina de ferro com Mikhail Gorbachev, presidente da então União Soviética.
E, passando por tudo isso, ultrapassamos em muito o ano inatingível de 2000 e chegamos finalmente à 2011, mais de uma década depois, precisamente às vésperas de uma nova ameaça profética que tem posto muita gente impressionada, especialmente aqueles que acreditaram que o Código Da Vince é um livro de história em vez de uma ficção, como declarou seu autor.
2010 ficou para trás e com ele um ano cheio de cataclismos, seguidos de numa sequência interminável de desastres. Muitos desastres ecológicos; muitos tornados arrasadores; muitas inundações arrastando até cidades; muitos terremotos e tsunamis; muitas epidemias, entre elas a droga, destacando especialmente o crack; muita ganância; muita criminalidade; muita corrupção; muita intolerância; muita indiferença; muita insolência; muita rebeldia.
O quadro é como está descrito na Bíblia: “A terra cambaleia como um bêbado, balança como uma cabana ao vento; tão pesada sobre ela é a culpa de sua rebelião que ela cai para nunca mais se levantar!” – Isaías 24:20.
Não obstante, chegamos a 2011 e com o Ano Novo vêm as saudações e desejos de melhoras, renovando assim as esperanças de muita gente. A esperança da maioria é a de que tudo seja diferente no próximo ano. Muitos imaginam que vida nos será amsi simpática, nos apresentando oportunidades imperdíveis e não deixaremos que passem. Seremos melhores; mais fraternos; mais comprometidos com o nosso próximo.
No entanto, a previsão da Bíblia é um golpe nos sentimentos aduladores, pois ela diz: “Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará, (...)”. - Mateus 24: 12.
Com o ano novo vem a nova identidade dos brasileiros e com ela um “tenebroso” chip. Ao final de nove anos todos os cidadãos em nosso país deverão possuir seu novo documento de identidade.
Passaram-se quase quarenta anos desde 1973, quando minha semi-analfabeta avó materna, que falava da Irmã White com se tivesse sido sua colega de colégio, nos dizia que um dia teríamos um documento assim, com o qual se poderia fazer tudo, inclusive comprar e vender, embora que com esta nova identidade ainda não se poderá comprar e vender, mas será por pouco tempo.
E, como não poderia deixar de ser, logo surgiram os privilegiados mal informados que andam dizendo que o chip da nova identidade é o sinal da besta. Porém, ninguém precisa entrar em pânico, pois não é nada disso. O chip da nova identidade é um meio de controle populacional e será usado para impor o sinal da besta quando este for estabelecido e imposto. Entretanto, o chip não é o sinal e o sinal ainda não foi estabelecido. Senão já estaríamos com o sinal da besta em nossos computadores e telefones celulares. O meu celular, inclusive, tem dois sinais da besta, sendo um deles o 666/1 e o 666/2.
Entretanto, a tecnologia está madura para os eventos finais e a aplicação do sinal da besta. Contudo, pergunto: É preciso tecnologia para implantação desse sinal? Não. O sinal da besta já foi imposto em outros tempos e não precisou de nenhuma tecnologia. Alguns exemplos são a estátua de ouro de Nabucodonosor e a fornalha de fogo ardente descritos no livro de Daniel; a Roma Imperial, onde os imperadores eram reverenciados como deus, impondo o uso do prefixo ave ao dirigir-se a eles e o ser chamados de pai; a Idade Média e a “Santa” Inquisição, quando o sinal da besta foi imposto de forma altamente bestial e eficaz.
Mas, embora a tecnologia não seja imprescindível para a imposição do sinal da besta, tornará possível a eficácia absoluta na aplicação do sinal e suas sanções, pois viabilizará o Grande Irmão (o Big Brother) universal, que na Idade Média e noutros tempos dependia unicamente da vigilância e fidelidade dos cidadãos ao sistema. Entretanto, na nova oportunidade, embora contando com a fiel vigilância e denúncia dos cidadãos aos seus compatriotas, as autoridades clericais, civis e militares terão o controle absoluto da população em suas mãos através da tecnologia. E assim, a eficácia absoluta da tecnologia, dos sistemas de rastreio e vigilância por satélite e de informação (incluindo GPS, celulares, computadores, câmeras de segurança, sistema bancário, de assistência social, de saúde e de comercio, etc.,) fará que o cerco se feche e se intensifique de forma que ninguém consiga burlá-lo e então o sinal da besta produzirá seus efeitos contra os inimigos da paz globalizada, os que insistirem no cristianismo que será chamado de fundamentalista, o cristianismo que tem a Bíblia como única e suficiente norma de fé e conduta.
Apocalipse 13: 17 diz que o sinal da besta será imposto “para que ninguém possa comprar nem vender, a não ser quem tenha a marca, que é o nome da besta ou o número do seu nome”.
Sendo assim, contando com a eficácia da tecnologia, a perseguição será acelerada e Jesus voltará logo. Contudo, a tecnologia não vai acelerar a volta de Cristo, pois o ponto culminante para a Sua volta é a maldade insuportável, crescendo então ainda mais com a ajuda da tecnologia, que também ajudará o desequilíbrio ecológico a pôr-se no limite máximo.
Tudo isso está agora em completo acordo com o previsto em Isaías 24:20, conformando-se cada dia mais com o que diz: “A terra cambaleia como um bêbado, balança como uma cabana ao vento; tão pesada sobre ela é a culpa de sua rebelião que ela cai para nunca mais se levantar!”
E o crescimento da maldade também acelerará a pregação do Evangelho, cumprindo Mateus 24: 14, onde diz: “E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o fim.”
O povo começará a ser aparatado (as ovelhas separadas dos cabritos) por força das novas leis contra o preconceito e intolerância. Muitos princípios serão distorcidos e reinterpretados como discriminação, preconceito e intolerância, entre eles a questão do homossexualismo, a educação das crianças, o dízimo, os princípios religiosos conflitantes, etc. Enfim, especificamente o direito de expressão sofrerá autoritária e paquiderme supressão e logo (com a ajuda do chip de identificação) os crentes que insistirem em manterem-se apegados e militantes dos princípios fundamentais da Bíblia serão catalogados como inimigos do sistema juntamente com os piores fora-da-lei.
E assim, sob a pressão da falsa moral popular e dos politicamente corretos, muitos abrirão mão dos princípios religiosos para ficar em paz com o mundo. E os cidadãos mais moralmente corretos, juntamente como os mais fineis nas denominações religiosos, irão ficando isolados, restando-lhes procurar identificação com outros grupos também isolados, unindo-se assim a eles e buscando cada vez mais afinarem-se uns com os outros, crescendo por isto no conhecimento da vontade de Deus e no cumprimento de Sua Lei, cada dia mais em contraste com as leis de fraternidade e paz impostas pelo mundo.
É nesse cenário que será estabelecido e imposto o sinal da besta, pois a intolerância do mundo contra a impertinência dos crentes denunciando a maldade, corrupção e hipocrisia geral terá chegado ao seu nível máximo, confirmando outra vez Apocalipse 12:17, onde diz: “O dragão irou-se contra a mulher e saiu para guerrear contra o restante da sua descendência, os que obedecem aos mandamentos de Deus e se mantêm fiéis ao testemunho de Jesus”.
E, com o sinal em vigor, voltaremos ao ponto mais escuro da Idade das Trevas medievais; à meia-noite do tempo do fim e do relógio do mundo e a divisão entre as duas forças do Grande Conflito cósmico terá sido completada com o respaldo do grande muro de separação. Terá início então a perseguição e, em tal cenário, os fiéis remanescentes se valerão do conselho de Jesus que salvou os cristãos judeus da destruição de Jerusalém pelas forças de Tito em setenta da era cristã. “Quem estiver no telhado de sua casa não desça nem entre em casa para tirar dela coisa alguma. Quem estiver no campo não volte para pegar seu manto. - Marcos 13:15 e 16.
Nesta passagem Deus diz que em sua fuga os remanescentes de Sua Igreja não levarão nada, pondo-se completamente em Sua dependência, como o povo de Israel ao ser tirado do Egito. Quem tiver chip instalado na testa ou na mão direita sob-cutânea poderá ser rastreado mais facilmente, mas não será por isto que vamos nos opor ao chip da nova carteira de identidade, pois no momento atual ele é meramente um meio de identificação. O que não poderemos aceitar quando for imposto se quisermos estar em paz com Deus será o sinal da besta com chip ou sem chip, pois esse sinal é submeter-se as leis humanas em desacordo com as lei de Deus. E esse sinal será imposto em breve, pois os planos de paz mundial o requererão. E, se algum dia nos for imposto pôr o chip sob a pele e isto não nos for conveniente, Deus nos fará saber o que fazer.
Após um ano da imposição do sinal da besta no primeiro país, Cristo voltará.
Wilson do Amaral
Autor de Os Meninos da Guerra, 2003, e Os Sonhos não Conhecem Obstáculos, de 2004.