EFEITO BORBOLETA

“Algo tão pequeno como simples voo de uma borboleta pode causar um tufão no outro lado do mundo...” (teoria do caos) - isso parece um tanto trágico, exagerado, até engraçado, mas não é. Conheci uma pessoa outro dia e conhecê-la mudou algumas coisas em minha vida: meu modo de pensar determinados sentimentos e emoções, minha forma de encarar alguns acontecimentos e fatos.

As coisas não acontecem por acaso, tudo na realidade, tem um propósito de ser, mesmo o simples bater das asas de uma borboleta, mesmo um tufão ou um tsunami no outro lado do mundo. E por mais insignificante que um encontro pareça (o que não é o caso), ele produz seus efeitos na vida da gente. Eu estava de bobeira passeando pelas salas de bate papos, entediada pela insônia e solidão quando encontrei uma comunidade de pessoas conterrâneas, filhos da mesma terra, escondida ao extremo sul capixaba, visitei, e lá encontrei essa pessoa...

Não é alguém especial, não, é comum, como qualquer outra pessoa, ... mas a gente quando está carente, vê asas de borboletas, cores de borboletas, voo e leveza de borboletas em simples lagartas..., por mais que elas triturem todo o verde existente em nosso jardim, que tome o néctar de nossa flor e se delicie com o perfume dela exalado... o processo de transformação acontece, mais cedo ou mais tarde... uma borboleta é resultado de um processo de metamorfose, depois de se nutrir do melhor que há no jardim, ela se afasta e se fecha, e quando sai, transformada, o jardim destruído não lhe serve mais... procurará outras flores, outros verdes... creio que assim sejam as amizades virtuais... mas assim também como a natureza se renova, nova primavera vem, outros sóis, outros azuis, novos ventos, novas floradas..., os laços de amizade, os sentimentos, as emoções passam por semelhante processo.

Se todas as borboletas que batem asas e vão embora provocam tufões, tsunames, estes ocorrem no outro lado do mundo... mas apesar de catastróficos, sempre depois deles, há o recomeço, e os sobreviventes encontram forças dentro de si para ver que apesar de tudo, estão vivos (é o que realmente importa...). É claro que terão que reconstruir casas, recomeçar suas vidas, e até replantar seus jardins, mesmo que estes tragam novas borboletas... elas fazem parte do belo equilíbrio da vida... que voem as borboletas...

(Irene Cristina dos Santos Costa, Nina Costa, 02/01/2011)

Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 02/01/2011
Reeditado em 03/01/2011
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