Voo Noturno

Sem vontade de dormir, o barulho das turbinas do avião conseguem romper o som do meu fone de ouvido, nos quais tocam um rap, que me ajuda a refletir.

Da que de cima com alguns sacolejadas e pequenas turbulências pensando, onde estou, como está lá em baixo, se daqui alguns minutos estarei no meu destino ou nas estatísticas de mortos em acidentes de aeronaves, e se um acidente acontecer, será que me salvo ou não?

Estou nervoso, minhas mãos estão molhadas, meus pés gelados, quando decolamos não conseguir pensar em nada, só de como seria o voo, de como ele atingiu rapidamente uma grande velocidade, sinto como se fosse a primeira vez, uma mistura de sensações, fazendo assim perder o controle das reações.

Fico olhando para janela e acabei me sentindo em uma árvore de natal ou como se estivesse em uma festa, com gente chata e estranha, o "strobo" das asas me fazem perder o sono, esse pisca-pisca está desde quanto embarcamos.

Agora olhei para baixo a procura do chão e só vejo o preto da noite escura e penso, "há quantos pés de altura estou?", talvez uns 30 mil, e assim a aeromoça manda apertarmos os cintos e fechar a bandeja, pois o avião irá pousar. Acabo de chegar ao meu destino, agora só quero descansar.