Foto por Luis C Nelson
Nas horas que antecederam o final da primeira década deste século, nada tentei para evitar a longa viagem através do meu universo íntimo, mesmo dando-me conta de que tal jornada terá feito aflorar um semblante grave e nada atraente ao meu rosto, coisa muito pouco social em meio à habitual explosão de alegria, fogos de artifício, espíritos voando alto com ou sem propulsão etílica...
"Feliz Ano Novo"! "Próspero, com muita saude"! "Pleno de sucesso, sucesso, sucesso..."! Pego-me, afinal, repetindo a mim próprio todas as frases feitas para a circunstância, empurrando-me moderadamente acima da linha da introversão, enquanto os fogos estouram os decibéis da minha surdez.
Lamento-me porque não comprei vinho espumoso, mas sirvo-me de uma taça de rosé meio frisante, beijo os lábios da companheirinha e o rosto da minha caçula. A caçula mais velha aparece na tela através do espaço, acompanhada dos meus quatro netinhos (contando com a Carolina, ainda na barriga). A celebração familiar, misto de cibernética e realidade, terminou e os fogos também.
Agora, estendo um pé na direção da nova década, tentando em vão sentir como serão os caminhos que vou percorrer...ou não...sim, vou...ou não...tô com tanto sono...
Nas horas que antecederam o final da primeira década deste século, nada tentei para evitar a longa viagem através do meu universo íntimo, mesmo dando-me conta de que tal jornada terá feito aflorar um semblante grave e nada atraente ao meu rosto, coisa muito pouco social em meio à habitual explosão de alegria, fogos de artifício, espíritos voando alto com ou sem propulsão etílica...
"Feliz Ano Novo"! "Próspero, com muita saude"! "Pleno de sucesso, sucesso, sucesso..."! Pego-me, afinal, repetindo a mim próprio todas as frases feitas para a circunstância, empurrando-me moderadamente acima da linha da introversão, enquanto os fogos estouram os decibéis da minha surdez.
Lamento-me porque não comprei vinho espumoso, mas sirvo-me de uma taça de rosé meio frisante, beijo os lábios da companheirinha e o rosto da minha caçula. A caçula mais velha aparece na tela através do espaço, acompanhada dos meus quatro netinhos (contando com a Carolina, ainda na barriga). A celebração familiar, misto de cibernética e realidade, terminou e os fogos também.
Agora, estendo um pé na direção da nova década, tentando em vão sentir como serão os caminhos que vou percorrer...ou não...sim, vou...ou não...tô com tanto sono...