BANCO DE SEMENTES
BANCO DE SEMENTE EXISTIA ANTIGAMENTE NÃO SEI SE HOJE
Pelo menos aqui no Nordeste, existia uma cultura de guardar sementes d um ano para o outro. Lembro muito bem na casa da minha avó umas espigas de milho penduradas na telha. Uma forma de reservar semente para plantar no ano seguinte.
Os governos hoje, insistem em acabar com essa cultura. Sempre que está prestes a chegar o inverno, oferecem sementes aos agricultores, até como forma de dizer que estão preocupados com eles. Na verdade é um assistencialismo prevendo as próximas eleições, onde nos discursos relembram os feitos.
Na minha infância, vivi muito na zona rural e observava a solidariedade entre os agricultores. Quando não faziam troca doavam sementes. Era rama de batata, semente de cebolinha, semente de coentro que lembro até que conservavam numa garrafa. E muitas outras cultura, a até lembro as variedades de macaxeiras, meu avô ia longe, buscar manivas (forma de denominar a semente da mandioca ou aipim, conforme a região). Dizia até asssim, essa macaxeira cozinha muito e brota muita numa só cova.
Quando trabalhava numa ONG, realizava reuniões mensais com agricultores e nessas, discuti muitas vezes com eles a importância do banco de semente e o uso da horta caseira. Fiz até uma oficina com as mulheres incentivando-as a plantar a sua cebolinha e coentros nos arredores da casa. Pois elas compravam essas hortaliças.