“Quando o erro é quase acerto”

Existem coisas que parecem que foram feitas para serem burladas em sua essência. São pequenos delitos que parecem ser permitidos e com o aval de todos. Gostar da namorada de um amigo é errado, mas quem nunca pensou em cometer tal deslize. Roberto Carlos que o diga! Tentar passar de ano no colégio com o conhecimento do outro às vezes ajuda a ter uma boa nota, é a famosa “pesca escolar”. Sem contar nas contramãos que o trânsito nos obriga a dar. A ladeira do “Guiamum” parece ser o sinônimo de tal delito.

O erro está na cara, mas todos o transformam em acerto, dependendo da necessidade de cada um. Jurar amor eterno é lindo, mas quem promete parece não saber onde é o final da eternidade. Às vezes uma noite pode ser infinita! Freqüentar igrejas e pecar logo em seguida parece amenizar a culpa. Não estou falando de remorso e sim de máscara para o pecado. Fundar ONGS e Sindicatos ajuda a defender os fracos e oprimidos. O fraco muitas vezes é o dono da bola, se é que vocês estão me entendendo.

Atire a primeira pedra quem nunca disse aquela famosa frase: Isso nunca aconteceu comigo! Terrível, o pior que a mulher também finge que acredita. Uma mentira lava a mão da outra. Sem contar que matar avós, tios e aquela velha dor de barriga ajudam a justificar a falta no trabalho. Quantos parentes já enterramos? Elogiar mulher feia apenas para levá-la pra cama, isso é cotidiano. Às vezes o feio é até você, olhe mais um pouco no espelho. Jurar de pés juntos que vai mudar a vida na passagem do ano já virou praxe. Agora quem cumpre?

Alguns delitos têm perdão, mas peculato... Quero que os políticos vão pra PQP, essa frase de baixo calão para esse caso é perdoável. Chegar tarde em casa com aquele bafo de cerveja e dizer para a mulher que só tomou uma com um amigo, essa tem que melhorar, é uma desculpa já bastante usada. A mulher não mais acredita! Por isso é que inventaram a desculpa e o perdão, mas como eu nunca erro, jamais os usarei! Será!? Desculpem, mas perdoem a minha sinceridade. Ih! Já usei.

MÁRIO SÍLVIO PATERNOSTRO