AGRADECIMENTO
Nesses últimos dias de 2010 publiquei a série de crônicas, JOGOS DE INFÂNCIA, cujo objetivo é deixar registrada a alegria de uma época diametralmente oposta à atual.
As crianças e adolescentes daquela época não precisavam de tantas roupas de marca, nem de tantas coisas inúteis, nem dessa parafernália eletrônica, nem de psicólogos, nem de endocrinologistas para o controle alimentar, nem de grades para se protegerem porque éramos livres.
Nossos parquinhos eram as ruas do bairro; nossa praça de alimentação, os quintais repletos de fruteiras; nosso vídeo game, eram brinquedos artesanais, muitas vezes feitos por nós mesmos.
Tínhamos família estruturada com pai, mãe, irmãos, irmãs, tios, tias, primos, primas, avô, avó, padrinhos. Havia desentendimentos, brigas, arrependimentos, pedidos de desculpas, amor e carinho porque vivíamos numa sociedade em que os papeis eram desempenhados com seriedade e os status reconhecidos e respeitados.
Os mais velhos eram tratados por senhor. Nas salas de aula os professores eram respeitados e se faziam respeitar. As quatro festas do ano, Carnaval, Semana Santa, São João e Natal eram comemorados em família.
Por tudo isso e por muito mais éramos felizes.
Escrevi tudo de uma só vez, entretanto por ter ficado muito grande, dividi em nove crônicas e a cada publicação fui recebendo a visita com comentários dos confrades recantistas e por email de pessoas não cadastradas que se identificaram com os textos, se transportaram para a infância e expressaram a alegria de terem revivido momentos felizes que estavam adormecidos.
Em cada depoimento deu para notar o cheiro de galinha molhada característico de moleques de rua, deu para ver as caras suadas, os cabelos em desalinho, as mãos sujas, mas acima de tudo deu para sentir a alegria e a vibração pelo retorno ao passado.
Agradeço aos confrades recantistas Gina Costa, Giustina, Esther Gomes, Lilian Pool, Pedro Barbalho, Serpente Angel, Paulo Moreno, Lianatins e Docecomomel que me proporcionaram momentos de pura felicidade, quando se transformaram nos meus mais novos colegas de infância, nessa viagem onírica a um tempo que, feliz ou infelizmente, não voltará.
Muito obrigado a todos.