TEMPERO BRASILEIRO
E já estávamos no dia vinte e seis de dezembro, hora
do almoço, neste domingo para variar um pouco servía-
mos, lombo recheado com baycon, linguiça calabreza,
azeitonas, um tempero bem brasileiro: alho, pimenta,
cheiro verde... Um feijão tropeiro feito no capricho...
Uma porção de feijão, cebola, alho, mais linguiça e
baycon, mais pimenta e salsinha...farinha bem tempe-
da, ovos cozidos... Um maço de couve bem picadinha,
do jeito que minha tia Mehiga picava (bem fininha)...
O arroz branco, feito com alho perfumando o ambiente!
Um... que coisa boa! E assim a gente ia se despedindo
dos que iam viajar no Reveillon...com uma comida mineira,
caseira, bem no estilo daqui, quase divisa com Minas Ge-
rais... Agora depois do Natal, as famílias iam se repartindo,
uns passariam as férias na praia, outros continuariam seu
trabalho em suas cidades, e nós íamos ficando por aqui.
As comemorações do Natal que tinham sido tão boas, já
começavam a fazer parte da história...iam ficando arquiva-
das em nossa memória emotiva...Cada Natal em um lugar
em nosso coração...para quando a saudade batesse, a gen-
te se lembrar com uma saudade gostosa...De cada detalhe,
de cada prato, de cada amigo invisível...
Estas festas eram tão esperadas o Ano inteiro e passavam
tão depressa! Tantos preparativos...e tudo num passe de
mágica se acabava, como se fosse uma miragem, um sonho!
Era como o Carnaval em minha adolescência...que a gente
não queria que acabasse e então a gente cantava assim:
"É hoje só só só, vai acabar já já....
Então, vamos aproveitar este finalzinho de ano... curtir
mais um pouco, o que pudermos, com quem ainda ficou
por aqui...porque tudo na vida passa..........