Anúncios Google e Ioschpe
Todas as coisas que escrevi ganharam aqui um espaço aberto para o gigantismo Google diante da minha pequenez. Creio que além de escrever se pudessem tomariam o meu décimo terceiro ficcional como parcela de carinho sobre uma ilusória poupança engordada. Nessa tradição cultural de ganhos sobre nossas ultrapassagens intelectuais abrolhou em mim a vontade de conhecer o Sr. Google. Imagino-o como um homem gordo e calvo com tendências ao canto lírico, além das leituras híbridas. Sua esposa apaixonada pelas jóias H. Stern. Aposto também que ele sonha modestamente almoçar com Howard Stringer, presidente mundial da Sony, para resolver o futuro da tecnologia humana. Haverá inúmeros assuntos sendo um deles ligado ao fato das telas de TV andarem cada dia mais finas, poranto será fácil criar uma linda mulher em 3D, sensível a ponta de todos os dedos.
Ah, Google, imagem de viabilidade. Assim saltará muitas casas financiais nesta página viva. Bancos que alcançarão desejos a realização de sonhos. Santander, Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa, Banrisul, todos se reunirão através dos meus anúncios. Assim começará a jorrar cartões de crédito com crédito em minha vida através de um homem de amarelo: carteiro. Afinal todos dizem que isto tudo é “todo seu” portanto meu é que tenho de coisa em haver.
Redireciono minha estética de luzes para anúncios com a claridade Philips. Além de criar estas crônicas ficará Claro para eles a intenção de minha nova revolução em termos de relacionamento virtual. Oi, eu mesmo criarei os anúncios para eles nesta página. Pronto, simples, eficaz. Será aprovado cada anúncio com participação nos lucros, além de uma boa fatia em dinheiro pela novidade. A Google me levará num jantar Sansung e haverá um forte reconhecimento de que não sou ambicioso, mas criativo, e que os meus desejos não são extavagantes.
Batizarei algum ser vivo da casa com o nome de Philips Walita, talvez o canário. Assinarei seu nome de batismo com a caneta Sheaffer para o cheque. Compreenderão que um homem como eu tem direito a rapidez do incentivo financeiro na atmosfera cultural e com eficiência superior aquelas exercidas pelas proprinas no reino político. O que muito me envergonha é saber que a corrupção tem êxito bem mais rápido do que o meu. Sobre este prima reconhecerão o atraso fixado desses lucros e se abrirá então o caminho do sucesso!
O mundo comprenderá nesse tipozinho interioriano, desacreditado, malroupido, o quanto sonhou modificar as relações do campo virtual para o direito a arrecadação simplificada. Para donativos até em caso de pura simpatia. Portanto esta crônica merece um relógio Orient e uma barra de ouro. (Todos as demais barras serão dispensadas). Ai, este poema valerá um crédito no Banrisul por parte de... . Este ensaio: uma cadeira giroflex. Esta canção... um resort. Este elogio a Julian Assange: um brinco Vivara para a Nena e um Kia Soul com cinto de segurança e salva vidas para o irmão.
A Google saberá reconhecer nos textos de qualidade, digamos “literários” atualmente, a força de um produto de mercado. Será possível então colocar um ensaio a venda no site da eletrosom.com. Um poema poderá ser avaliado nas parcelas de um leilão, um bem-vindo ao mundo Google onde udo é possível será de fato possível. Até mesmo adquirir com uma crônica um Mitsubishi Pajero porque a vida intelectual precisa sair da mediocridade espiritual dessa gratuidade deslavada. Para se livrar da alienação massacrante, para evoluir.
Quando a cultura e a criatividade atingirem o nível de produto de mercado o Gustavo Ioschpe compreenderá melhor o que chama de “delitos intelectuais” longe das fábricas de promessas da educação. A Google terá atingido a perfeição entre a ficção e a realidade estrutural dos povos globalizados pela telinha.
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