VÃO À MERDA

VÃO À MERDA!!!

Gostaria de escrever uma crônica, na qual, só usasse palavras bonitas e frases bem construídas. Que seu conteúdo fosse puro e cristalino e que a palavra mais feia escrita fosse, esperança. Mas, a vida também é esdrúxula e tem seu lado pérfido e plúmbeo, sendo assim, para existir o belo tem que ter o “feio”. Na minha crônica cabe tudo, até mesmo uma “porra” e quem quiser que vá à merda, “caralho”! Não gosto de dourar pílula, tampouco, andar de mãos dadas com os falsos moralistas e fiéis que só apontam dedos e defeitos.

Minha crônica não respeita casais que dormem na mesma cama e se odeiam à mesa; ela não suporta generosidade com viés políticos e nem amigos de balcões de negócio. Minha crônica é para quem não segue a hipocrisia de uma sociedade venal, construída no alicerce de uma elite falida e permissiva. Se quero dizer puta que pariu, digo e daí? Falsos moralistas que se maquiam na rua, contudo, em suas alcovas a esbórnia passeia e faz piquenique. Religiosos de plantão, vocês que crucificam, não me queimem, pois pior do que a palavra escrita é o pensamento pecaminoso. Ajoelhem-se sobre pregos e paguem primeiro seus pecados e não tentem enxergar o do próximo. O palavrão, meus caros, é para quem conhece suas regras, respeita a sua gramática e sabe usar na hora certa. Não tenho medo de tropeçar e gritar, “caralho”!

Agora, falsos moralistas e religiosos de plantão sem fé, quem quiser pode me apedrejar, pois sei que vocês são incapazes de falar um palavrão, mas matar defendendo a moral e os bons costumes da “família”, isso vocês fazem. Vão à merda!!!

MÁRIO PATERNOSTRO