QUEM É VOCÊ?
Branco, preto, mulato...Onde mora?
Tenho a cor do Brasil, sou como a minha gata, sem raça definida. Mas que importância isso tem? Amo minha gata, não a troco por nenhuma de raça pura, porque ela me cativou, é inteligente, gosta de mim, é linda!
Sinto um enorme desprezo por pessoas que pensam que são superiores as outras, pela cor de sua pele, por sua classe social, ou poder financeiro. Pobre gente rica ou pobre gente pobre...Estão perdendo o melhor da convivência humana, somos lindos, porque nos misturamos.
Somos alegres, porque nos aceitamos, quem vive com o ranço do preconceito, não sabe o que é ser feliz. Porque aqui no Brasil, todos nós, somos um pouco do mundo inteiro, carregamos no nosso sangue toda a dor dos escravos e a crueldade dos brancos que os escravizou, e do índio que foi massacrado, violentado.
Por mais que tenhamos a cor da pele mais clara ou mais escura. Somos iguais. Mas falar isso, é quase uma agressão aos que se dizem brancos, e por isso sentem-se superiores, quando deveriam sentir vergonha, porque os brancos dominantes que colonizaram esse país, são dignos de pena, em nome de sua pseuda superioridade, roubaram, mataram, violentaram, eu não teria o menor orgulho de saber que sou descendente deles.
Vejo muito isso por ai, principalmente em alguns moradores da Zona Sul do Rio, se acham superiores só porque moram em um local próximo ao mar. Que besteira! Desde quando o local onde um indivíduo mora vai determinar quem ele é?
Vi um vídeo em que Chico Buarque, fala sobre a agressão que sua filha, e a família dela, sofreram em um condomínio de classe média alta, aqui no Rio.
Até quando teremos esse tipo de comportamento, em que as pessoas são classificadas pela cor da pele, ou pelo local em que moram? Que gente idiota, pensa ser melhor, quando com esse comportamento só faz se mostrar preconceituoso, se igualam aos que botaram fogo no índio, aos que agridem aos gays...
É preciso olhar no espelho da história, e descobrir que somos a soma do bem e do mal. Para sermos felizes de verdade, precisamos nos despir dessas ideias, nos libertar e permitir que o outro seja feliz em sua plenitude, exatamente como é, porque essa é a nossa força e maior riqueza.