A GRANDE ÁRVORE DE NATAL...
Republico este texto, porque é reflexivo e mostra um pouco mais do que os coloridos das árvores de natal que observamos nesta época do ano. Falo da árvore da vida e dos princípios que movem a essência do ser humano. Confira...
Quando ouvimos falar de uma grande árvore, não imaginamos o quanto pode ser importante o seu significado. Aliás, parece que a sabedoria popular recebeu uma voz de Deus para que escolhesse a árvore para dar um significado colorido ao Natal, tanto que o símbolo desse dia de festa se reflete em luzes coloridas que enfeitam nossas árvores pelo mundo afora.
Se pararmos um pouco para refletir e repuxarmos pela nossa mente e pelo nosso coração iremos reavivar momentos simples vividos até aqui; relembrando inesquecíveis reuniões de família e veremos que cada um de nós - sem dificuldade - fará ressurgir em nosso pensamento uma majestosa árvore, pois ela está impregnada em nossa lembrança como uma pomposa figura da natureza, com seu imenso tronco, que se subdivide em galhos, dando sustentação para suas imensas folhas, depois produzindo flores e finalmente seus frutos, além daquela inesquecível sombra que nos oferece proteção nos dias de intenso calor.
Se fizermos um cotejo desse elemento tão puro que observamos na natureza com o dia 25 de dezembro, poderemos observar que ela (a árvore) não significa apenas as cores que marcam nosso visual ótico, através de tantas luzes coloridas, eis que abrindo nosso coração para as coisas boas que o mundo nos reserva, também encontraremos uma simbologia ímpar para o Universo moral da história humana, ao percebermos sua semelhança com o aniversariante do dia: o nosso Glorioso Jesus Cristo.
Evidente que não estou chamando o nosso verdadeiro Rei da Terra de uma simples silhueta verde ofuscada pela sua natureza única de ser árvore, mas sim através dos dons da literatura, utilizando de nossa figura de linguagem que costumamos chamar de metáfora. A utilização da literatura e da gramática pelo poeta permite que façamos essa comparação sem medo de sermos mal interpretados, até porque para expressar a nossa grande admiração por Jesus Cristo não é preciso que o comparemos a mais ninguém, pois Ele é incomparável por si só.
Assim, fazendo a comparação:
Jesus é tronco; aquele que dá sustentação para todas as outras estruturas da árvore através da resistência, ultrapassando todas as tempestades e não permitindo que seus descendentes venham ao chão. O tronco também possui suas raízes; que se curvam e que procuram encontrar caminhos (os mais longos possíveis); muitas vezes desviando de obstáculos, para encontrar sustentação que lhe dê vida longa... É ainda através desse tronco que são coletadas as seivas que dão vida à sua estrutura, buscando no solo fértil todos os nutrientes que lhe possam formar a estrutura rudimentar para que possa agasalhar os seres que dela dependem para continuar crescendo e se desenvolvendo. Assim, o tronco é o elemento e a substância básica para que haja crescimento e luz. Logo, utilizando nossa regra filosófica básica - o chamado silogismo: diremos que existe tronco, logo, existe vida. Sem Jesus também não existe vida, mas sim o atraso do espírito. Assim o tronco existencial está na essência dos ensinamentos proferidos por Jesus em sua passagem pela terra.
As famílias (representadas pelo pai e a mãe) são os galhos; que se corporificam em vários escalões da sua estrutura natural e que também dão sustento aos demais membros de sua estrutura, inclusive ajudando suas folhas a enveredar rumo às alturas, como se buscassem no espaço o ar que todos almejam para serem felizes, através das realizações pessoais e das noções básicas de humanidade e filantropia. Nesse contexto, essa parte da árvore recebe das mãos de Jesus Cristo a incumbência de fazer proliferar a prole e de fazer com que os pequenos rebentos busquem a linha da moral, para que possam, através do bem, produzir na sociedade pessoas de boa índole e engajadas com idéias humanitárias e com noções de desenvolvimento sustentável e sem agressões à natureza. A família é a base secundária da nossa sociedade, assim como os galhos de uma árvore, sem esquecer que a base primária é Jesus Cristo, ou seja, o tronco que lhe dá sustentação.
As folhas são os filhos, que naturalmente dependem dos pais para poderem superar os primeiros dias de suas existências, por isso nascem frágeis e muitas delas se desgarram antes da hora e acabam perecendo ou sujando o chão da vida, mas, a maioria dessas folhas – ciente de que estão protegidas por um galho muito forte – continuam vivas e vão absorvendo os nutrientes sadios que lhes são repassados em forma de ensinamentos e de amor e acabam se transformando e silhuetas frondosas e exuberantes. Mas também um dia - como manda a lei da natureza - irão se desgarrar de vez e formar outras árvores a partir dos frutos que nascem como irmãos da sua estrutura moral. Destarte, as folhas em determinado momento são parte daquela árvore e a enfeitam e fortificam por grande tempo, mas a própria natureza se encarrega de deixar a árvore nua e sem suas folhas em determinada época de suas vidas. Por isso, muitas vezes o ciclo da vida leva os avôs a se refugiarem nos braços dos netos para poder suprir a falta daquelas folhas que antes estavam penduradas em seus galhos. Aqui Jesus também se faz presente mostrando que essa desagregação é necessária e precisa ocorrer para que cada um goze de um bem inalienável que lhe foi legado pelo princípio Universais do cosmo, que é liberdade e individualidade de cada um de nós, ou o chamado livre arbítrio. Deus nos deu a capacidade de escolha e de autodeterminação para que busquemos nossos horizontes e nossos espaços aqui na terra. Assim, pela ordem natural das coisas as folhas se desprendem e são jogadas ao vento, indo parar muitas vezes bem longe do tronco, mas que nunca se desprenderão como seres vivos, porque terão de manter a ligação fraterna que os ligam com seus saudosos galhos da vida.
Já os frutos e as flores são o legado familiar, que são criados por uma sintonia de propósitos e que para vingar dependem naturalmente de fatores externos que lhe são postos à prova no que diz respeito à sua estrutura rudimentar. Assim, poderemos ter uma árvore com muitas flores e muitos frutos se a sua composição (no conjunto) estiver preparada para enfrentar os desafios externos da vida. Caso contrário, teremos poucas flores e poucos frutos, porque a estrutura rudimentar daquela árvore não foi suficiente para formar uma prole perfeita que pudesse lhe dar a beleza da alma, eis que sem essa beleza interior, não há beleza do corpo e nem da conduta. Aqui, a sapiência do Pai Maior, mais uma vez coloca Jesus para fazer os consertos necessários, através dos seus ensinamentos, colocando os adubos necessários para que essa árvore possa se recuperar e florir novamente, partindo-se do princípio de que todos devem ter oportunidades para se recuperar dos erros do passado, através do arrependimento e da capacidade de evoluir como ser e como cidadão.
Assim, depois de montada nossa árvore da vida, tendo como tronco o nosso querido Jesus Cristo, certamente que teremos sob o nosso quintal a mais destacável e mais bonita árvore de natal; aquela que além de iluminada, irá trazer paz, amor, fraternidade, ajuda mútua, perdão e muitos outros predicados que são próprios de quem é feliz.
Num momento como este, quando temos de fazer este tipo de reflexão, somos levados a ingressar no mundo da poesia e por essa razão utilizo-me do site reflexão.com.br - o qual recomendo a todos que gostam de momentos de paz e de harmonia - que me tem trazido muitas lições de vida, as quais considero relevantes em nosso mundo complexo, permitindo-me reproduzir dois versos que considero fundamentais no contexto do tema ora tratado:
“O Mestre nasceu...
Como um sorriso na face da vida.
Como uma estrela desconhecida...
Como a beleza serena de Deus...
Nasceu o menino.
Como nasce o rio na fonte.
Como o sol por detrás do monte.
Nova esperança no mundo acendeu.
Como as causas que geram a vida.
Como a vida se enche de amor.
Como um plano do Criador.
A semear a sua força divina”.
Veja que tudo o que vem de Deus e de Jesus tem ordem natural e nos aproxima do meio ambiente em que estamos vivendo, mostrando-nos a beleza do nascer do sol, a grandeza do nascer de um rio, o esplendor do nascer da lua, o colossal nascimento de uma árvore, enfim tudo o que é simples e não nos custa um só centavo.
Então, neste momento singelo que nos dá paz e que nos aproxima do nosso lado transcendental, vamos rezar para que muitos troncos desta frondosa árvore estejam bem enraizados, para que o caule do mundo possa estar cada vez mais robusto para sustentar o verde das matas e, assim, estaremos salvando o futuro de nossos herdeiros e também estaremos fazendo voltar o brilho da nossa natureza que neste momento se vê agredida sem tréguas, gerando entre nós o fenômeno das Causas e Efeitos, produzindo desastres naturais que tem dizimado milhares de seres irmãos, através dos flagelos da humanidade.
Finalizo, com um pensamento do grandioso médium que recentemente nos deixou como matéria, mas continua vivo com suas lições de grandiosidade humana, através da sua alma nobre e servil; o renomado Francisco Cândido Xavier: “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”.
Feliz natal a todos.
E que as luzes coloridas e abençoadas de nossas árvores de natal estejam presentes em nosso coração; não só hoje (neste dia especial), como em todos os dias de nossas vidas.