OS PARADIGMAS E A FELICIDADE (BVIW)
O ser humano sempre perseguiu a felicidade. Comprovadamente ela parece não existir neste mundo físico. Dizem que nem o dinheiro traz felicidade... Ah! Mas que ajuda, ajuda! É melhor um infeliz rico, do que um infeliz pobre!
Minha geração, que lutou pela "paz e amor", buscava na liberdade a condição para ser feliz. Fomos pioneiras na quebra de muitos paradigmas, como o caso da virgindade que funcionou, por eons de tempo, como um peso imposto à mulher. Na década de 60, com o advento da pílula, a mulherada deu um pontapé no rançoso hímen... Mas, à duras penas! Se por um lado, as precursoras do "desvirgianismo" se sentiram libertas do jugo, tiveram que enfrentar pais arrancando os cabelos, namorados dando no pé e um sentimento de culpa e dor íntima. Ao contrário, as que continuaram com o hímen intacto sentiam-se cartas fora do baralho...
Está aí o paradigma, está aí o freio que, mesmo rompido, nos fez viver tantas batalhas internas. Os paradigmas são freios que embotam nossa felicidade. São os preconceitos, os dogmas, os costumes milenares, que geram culpas e temores, e que impedem, muitas vezes, que sejamos plenas e felizes.
O que fazer? Separar o joio do trigo, deixar de ser "maria vai com as outras" e seguir nossa consciência. Nem que, para isso, tenhamos que quebrar a cara. Porque é melhor uma cara quebrada do que o velho e emperrado freio que nos impede de voar.