Sem título
O que é que te define? São os sentimentos que te pulsam? É o pensamento que lhe ocorre? São as atitudes que toma? É o íntimo que esconde?
Não.
Você é os valores que carrega, as pessoas que protege e alguma outra coisa q ainda nao consegui encontrar
Assim como nao existe verdade absoluta, não existe ninguém nesse mundo que seja completo e perfeito, porque todos dependemos das pequenas influencias externas formarmos nosso caráter. E é exatamente isso que faz com que cada um seja único e especial
A individualidade não passa do direito da pessoa de ser o que é e agir conforme sua crença (e não estou falando de religião).
Individualidade e privacidade são os direitos dos quais cada um de nós dispõe e, apesar disso, ainda estamos presos às regras e formalidades sociais que a tradição impõe.
Todos vendados e amordaçados, não porque acreditam em algo, mas porque parte desse direito de libertação nos é negado. Não pela instituição ou pela moral, mas por nossa burrice em aceitar uma fórmula dada, ao invés de buscar nossa própria. Nós mesmos nos amordaçamos e chicoteamos. Aparentemente, sem propósito nenhum.
Somos de uma geração sem propósito, sem peso na história. Vamos todos morrer sem ter feito nada por nós mesmos, porque fomos forçados a acreditar que tudo daria certo, quando nada ainda funcionou. Estamos estancados nos nossos próprios excrementos, porque a fórmula estava errada e ninguém nos avisou que a vida era na verdade era sempre a mesma merda.
Somos únicos e, mesmo assim, não passamos de lixo tóxico inútil. Nossas vidas não valem nada, pois, apesar de sermos tão especiais e diferentes, somos feitos da mesma matéria orgânica podre, como todo mundo.
Sem objetivos, sem propósito, sem razão.
O pensamento não é capaz de mudar as coisas como elas são. A vida não pode ser mais bonita ou mais feia, apenas pode ser o que é. E o que ela é não importa, porque os significados que damos são levianos e insignificantes.
No fim das contas, não passamos de macacos, tentando mudar nossa essência, tentando ser alguma coisa a mais. Mas não somos.