JOGOS DE INFÂNCIA – Pular Corda.
Pular corda...
Nem tem o que comentar.
Quem de nós não pulou corda como se fosse a última coisa a fazer na vida?
Dedicando-se com afinco para não errar o tempo e emaranhar as pernas na corda de caruá, aquela fibra seca e dura que marcava as pernas, muitas vezes ferindo a pele delicada, e doía prá dedéu.
Mas nós pulávamos até a exaustão.
Essas cordas eram vendidas nas mercearias dos bairros e as peças eram expostas presas nas portas, unidas por uma corda fininha.
Sendo manejada por dois colegas, geralmente mais velhos ou alguém só, bom de braço, a meninada se diverte com as modalidades:
– fogo, foguinho e fogão ou as variantes – pimenta, pimentinha e pimentão, acompanhando os saltos com as sílabas – rá, ré, ri, ró, rua e com o braço levantado, sair do giro da corda sem ser atingido por ela.
Pula um de cada vez, depois as duplas, os trios... até que um fica preso na corda e começam a gritaria e a briga por que:
- só errei porque você me atrapalhou...
- não brinco mais com você...
(essa promessa nunca foi, nem nunca será cumprida para o bem da tradição, das relações sociais, do carinho e das amizades eternas que só podem ser feitas na infância.)
É um jogo que pode ser solitário, mas jogar com a turma é bom demais!
(Continua em Garrafão)