Domingo, Dominguinhos

Domingo, Dominguinhos

Hesito em retornar às lides do nosso querido Recanto das Letras, mas hoje é Domingo e acabo de ver e me deliciar com a apresentação na TV do nosso Dominguinhos, sucessor legítimo do grande Luiz Gonzaga.

Com os problemas familiares ainda pendentes, porém bem suavizados, possivelmente com um final feliz para depois do dia 10 de janeiro do próximo ano, de repente, vi meu humor mudar para melhor, vendo a figura doce e muito humana do Dominguinhos. Acabei entendendo, na prática, o por quê dos psicólogos darem tanto atenção à mudança de humor, para a melhora de quem está meio pra baixo.

Acabo de assistir à musica bem popular e gostosa do Dominguinhos, recheada de histórias do Nordeste, como aquela do pinguço que caminhava pela estrada, cem por cento bêbado, segurando sua garrafinha de pinga. A bebedeira era tão grande, que o nosso amigo acabou caindo com grande estardalhaço no chão, ao mesmo tempo em que ele ouviu um estalo de coisa quebrada. Ainda deitado, murmurou com muita fé: “Tomara que tenha sido um osso da perna”. Poderia contar mais uma meia dúzia dessas histórias hilárias, mas aí viraria humorista, o que não sou.

Mas uma coisa é certa, o estado de espírito é bem outro neste Dominguinho, penúltimo do ano de 2010.

Não quero partir para uma euforia desmedida, desconfiado que sou, porém sinto os efeitos de uma conjuminação do destino me atirando para as nuvens. Depois da alegria que me proporcionou o Dominguinhos, meu velho companheiro e amigo Vandim me telefona e pergunta como a filha dele poderá encontrar o site “Recanto das Letras”, para ler algumas crônicas. Dou os esclarecimentos de como chegar até o site e aproveito para dar uma olhadinha na minha página.

O que vejo? Amigos e amigas sinceras preocupados com minha ausência prolongada e torcendo por mim. Foi o estímulo que faltava e o Dominguinho virou Domingão!

O mínimo que posso fazer é dar o meu agradecido abraço neste fim de ano para aqueles que estabeleceram comigo um “Rapport”, como se diz em psicologia. Dentre outras coisas, “rapport” significa afinidade emocional, o que provoca uma intimidade saudável, daquelas que temos com os “velhos” amigos.

Deixo meu abraço forte, como gosto de dizer, neste Natal, aos amigos mais chegados Roberto Rego, Marcio Félix, Maria Iaci, Joelma Maia, José Cláudio, Lenapena, Ana Toledo, Francyene Rosset, Rejane Chica, Dilson Poeta, Jonny Silva e Ione Sak, que mostram uma humanidade acima da média, fazendo aquela diferença de que tanto necessitamos neste confuso e estranho mundo.