ÁGUA MOLE OU PEDRA DURA?
Era um desses sábados bem ensolarados e a vida corria alegremente no maior parque aqui da cidade de Sampa, o parque do Ibirapuera.
Aliás, ali tudo corria literalmente bem rápido, os corredores esporádicos, os ditos não precavidos "atletas de final de semana", as crianças, as bicicletas, os patins, os pássaros, a vida e seus pontuais relógios...
Sempre observo que os parques são redutos de velhos amigos que se reunem para o esporte das manhãs e os frequentadores acabam por fazer amizades de toda sorte, inclusive com os simpáticos vendedodores ambulantes. Nos parques da cidade, com o tempo, todos nos parecem uma grande família.
De repente o antigo vendedor de água de coco gritou ao seu amigo que corria, " E aí doutor Ernesto, a vida só é dura para quem é mole, hein?!".
Eu que adoro ditos populares, imediatamente liguei meus ouvidos para escutar a réplica do corredor: "que nada seu José, hoje em dia o dito é bem outro, a vida só é mole para quem é duro...".
Saí de lá repensando na inversão dos tantos valores sociais ,e claro, na necessária readaptação dos ditados populares, espelhos filosóficos do nosso dia-a -dia.
Perfeito!
É isso mesmo. Neste mundão que os políticos criaram, até os ditados mudaram!
Melhor mesmo é não fazer mais nada. Assim a vida será leve como uma pena, é a filosofia política da hora...deles...
Nenhum trabalho duro dinamita a "moleza" de certas pedras históricas dos nossos caminhos.