MEU FILHO ME PASSOU UM SABÃO ! ! !
Sentada no sofá, passava os olhos por uma revista semanal, e as matérias eram sempre desoladoras, corrupção e impunidade, a triste realidade do Rio de Janeiro, atentados no Iraque.
De repente, viro uma página e vejo uma foto linda, do Central Parque em Nova Iorque, a neve cobrindo grande parte do verde que ainda luta por ficar ali, já que o inverno no calendário oficial só começa no final do mês, mas o frio tem batido a casa dos menos zero.
Terça feira que passou, meu filho que reside lá, disse-me que estava fazendo -14 graus.
Mas a foto, retratava uma paisagem magnífica. Parei na página e deixei as lembranças fluirem, recordei-me que, já estivemos lá no inverno eu e meu marido para visitar o filho.
Uma manhã, resolvemos dar um passeio no Central Parque, que é um dos pontos, a meu ver, mais lindo que há naquela belíssima Metrópole.
Os termômetros marcavam -12 graus. Saímos do apartamento do filho, e caminhos com ele até a agência de publicidade onde ele trabalha.
Como é de hábito fazermos quando passamos por lá um período, sempre acompanhamos o filho ao trabalho, para estarmos perto dele uns minutos a mais. Pelo caminho sempre tanto a conversar.
Nessa manhã ele bem que nos avisou: "não fiquem muito tempo expostos ao frio, entrem em lojas, a cada no máximo 3 quarteirões, pois se não, vocês vão congelar."
Mas, por amarmos o Central Parque, não resistimos ao apelo, de vê-lo coberto de neve, com seus belos lagos totalmente congelados, suas árvores desprovidas de sequer uma folha, e carregadas de neve.
Um cenário fantástico e belo !
Porém, realmente não imaginávamos que frio fazia lá dentro, muito mais que nas calçadas, pois a proximidade com a água e a vegetação aumenta em muito a sensação de frio.
Resultado que após, uma meia hora, caminhando extasiados pelas lindas paisagens de neve. Meus pés começaram a doer, estava de botas de couro, mas não eram as apropriadas para a neve.
Voltamos rápido para o apartamento sorte que ficava a apenas quatro quadras do Parque, mas para mim, pareceram muito mais.
Chegando lá, meu marido rapidamente tirou-me as botas, as meias, encheu a banheira de água quente, e eu mergulhei meus pés que nas extremidades dos dedos, já estava começando a ficar roxo.
Fiquei ali, "de molho" por mais de meia hora. A noite quando o filho retornou do trabalho, passou-me um sabão, (risos) pela imprudência.
Rimos muito ao final, e comentamos, que na vida as situações vão se alternando: por um tempo somos nós, que ensinamos e orientamos os filhos, depois, em muitos casos, (como o aqui descrito) são eles que se tornam nossos orientadores.
Vendo a linda foto, estampada na revista em minhas mãos, a cena do Central Parque, veio-me inteira na lembrança.
E uma saudades imensa bateu daquela cidade que, já a seis anos é o lar do nosso filho querido.
E nós também adoramos estar lá, por ele, e por ela que realmente é uma metrópole magnífica em todos os sentidos.
Agora em março estaremos viajando novamente para Nova Iorque, e a estação ainda será o inverno. Mas, aprendi a lição caminhar por 2 ou 3 quadras e entrar em uma loja, e no Central Parque, somente com sapatos próprios para a neve, se não quiser ter os pés congelados.
E levar um sabão do filho..... risos.