Reflexões sobre a crônica de Bernardo Gontier: “Nada Propriamente Dito”

Mestre Bernard,

Como sempre suas crônicas perambulam em meu pensamento e a reflexão é inevitável.

Sei que não estou à altura de ponderar com um Mestre. Entretanto, não pude resistir à motivação despertada por seu texto de expor meu pensamento.

Bem sei que nossas emoções variam conforme a hora do dia, mas no intimo ou na essência somos os mesmo em quaisquer circunstancias. Uns mais pessimistas outros nem tanto. O que muda é a reação aparente, que pode até ser mentirosa.

Se a mentira nos envolve ou somos manipulados e levados a crer em falsas verdades: Não adianta muito fazer projeções num BR tão imprevisível.

O dinheiro rende só como assunto, já que no bolso está cada vez mais escasso. Mesmo assim, o sonho de consumo é cada dia maior.

Quanto à escravizar ou ser escravizado pelo dinheiro, ninguém é mais escravo do que o próprio escravizador.

Ainda por dinheiro... Por ter e querer mais... Ou por não ter, e não poder viver sem ele: A brutalidade se generaliza e todas as mazelas, advindas do que se tornou a mola do mundo, aparecem em forma de neurose, loucura e falta de caráter.

Então me pergunto: Quem é pior? O que corrompe ou o que se deixa corromper?

Para aumentar a tensão, os tele jornais, como janelas do mundo, nos mostra, sem trégua, o que há de pior na humanidade. Enquanto, aturdidos, debruçados nesta ilusória janela, procuramos em falsos lenitivos, o apaziguamento para as tensões. Ou a busca de verdadeiro conteúdo para preencher a alma vazia e carente.

Resta-nos então a musica.

O samba canção, mesmo não sendo nada propriamente dito, tem seu lugar de destaque entre os românticos e sentimentais.Principalmente para os que, com mais de cinqüenta anos, recordam belas canções e velhos amores. E certamente servira de inspiração para belo texto.

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Mestre Bernard desculpe a minha ousadia.

E obrigada por me motivar.

Lisyt