Dando na Web
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O mundo editorial devia estar comemorando o advento de conteúdo novo na grande rede de computadores. Cada editora devia se dar ao luxo de publicar as melhores crônicas, os melhores textos e as melhores sacadas da web. Premiando escritores e modificando a configuração inerte desses textos soterrados pelo vazio fabricado pela quantidade excessiva de textos na rede. Trata-se de saber se tal possibilidade se tornou inviável diante da burocracia autoral.
Quando a minha futura revista em tamanho tablóide intitulada “Deu na Web” chegar em todos oa lares será a primeira iniciativa de peso capaz de revelar a contradição moderna virtual das publicações massivas: elas não chegam ao papel e se perdem longe do interesse geral.
Vejo as pessoas festejando a marca do milésimo texto postado e outras delongas como um gol formidável. O fato apenas esconde a incapacidade que temos para imprimir arquivos postados. Quanto mais você escreve na web, menos disponível fica para o próprio bolso a agradável tarefa de ter em mãos o próprio livro impresso e publicado.(Isto não é válido, é claro, para miliardários escritores).
No geral o que temos é a ilusão de alcance de nossa mensagem. O arquivo pulicado logo cai num fosso profundo onde moram os arquivos guardados. Bem longe dos ambientes onde deveriam circular por mais tempo. Na verdade o mercado editorial publica muito pouco os novos desde José de Alencar. Tende a reunir um nicho de heróis que passam a gozar privilégios de reconhedimento público. É uma maneira de evitar o encalhe das tiragens. Para evitar tal situação os novatos deviam demonstrar as editoras o novo caminho de suas páginas previamente cheias de anúncios virtuais. Espécie de caminho pré-pago no campo da publicação a que ninguém tem direito.
Devia existir uma lei Tiririca rezando o seguinte: toda página reune em si mesma um fundo, uma conta em real. Diferente dessa de mentirinha como as atuais. Creio que os escritores modernos estão dispostos a se rebelar contra esse ambiente estanque da “literatura de arquivos tateados” no campo calado desse mecanismso gelado. Até agora inexiste política para alimentadores de conteúdo.
Deu Na Web seria a minha publicação conjunta, espécie de encarte virtual, página com direito a revista espalhada por todo Brasil e o mundo, via postal. Espero que a empresa Google me procure para lhes mostrar o quanto esta forma de distribuição de renda pode tornar feliz a humanidade. Que todo usuário dever ter direito a alguma parcela sobre os anúncios. E os ecritores direito a "livros" ou "revistas" de apoio.
Tenho certeza de que você leitores acabarão por compreender uma nova maneira de Dar na Web. Textos em geral.
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