O FUTURO DA ESCOLA (Virtualismo Jurídico: coisificação oficial das pessoas.)
Por Claudeci Ferreira de Andrade
“Escola indeniza professora que foi estuprada por aluno de 15 anos em plena sala de aula” (http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:TwYMRUWNDMYJ:youpode.com.br/%3Fp%3D12622+estupraram+a+professora&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br) (acessado em 20/08/2016).
A escola, aqui no Brasil, com certeza, não mais será o “paraíso” tão em breve. Ouvimos com muita frequência nos noticiários mundiais que mataram um professor, quebraram os braços e os dentes da professora, estupraram outra professora e por aí vai! Aqui em nosso caso, se os crimes praticados aos professores e crimes praticados aos alunos fossem indenizados pela escola pública brasileira, ela já não existiria mais! Já pensaram se todos os analfabetos funcionais e mal formados profissionais pedissem, junto à justiça, uma indenização à escola pelo tempo perdido e por outros crimes educacionais?
Chegamos ao ponto de ficarmos atônitos, sem saber como será nosso amanhã nesse trabalho de lecionar. O mundo real em que vivemos nos oferece, também, essas atrocidades, e o porvir dos sonhos, da educação desejada, está distante e incerto demais. O primeiro é visível, embora potencialmente esteja insuportável, e já não tenha futuro, nem haja solução para suas mazelas no presente processo da história. O segundo, o qual, desejado por muitos, é invisível. Nós ficamos só com os olhos arregalados diante do invisível. Eu sinto dó dos assim visionários promissores do sistema educacional público, os quais conheço bem: deslumbradores do invisível, na esperança que vai melhor.
Do meu ponto de vista, no papel de professor, necessitamos de um intelectual espirituoso bem intencionado, com poder de decisão, como ministro da educação brasileira, para repensar o sistema educacional. E que faça cumprir os reclames da filosofia tradicionalista, freando esse modernismo canceroso denominado construtivismo, interacionismo, sociointeracionismo, interacionismo sociodiscursivo, tudo junto, “escola nova”, sei lá mais do quê chamam essa podridão! E ainda se refugiam dizendo que ninguém ensina nada, as pessoas aprendem se quiserem. A escola não pode continuar sendo laboratório da política partidária, pois, assim continuará entregando ratos de laboratório feridos à sociedade, logo eles se vingarão cabalmente. Digo isso, confiando na tradicional lei do equilíbrio, a garantidora da revolução ou reviravolta. Jamais houve tantos experimentos frustrados nesse campo, que não dar mais para enganar! Agora ainda querem informatizar uma escola que sequer sabe lidar com o “joio e o trigo”, potencializando a "lambança". Vivemos com um senso de inferioridade tão gritante, restando apenas encaminharmos frequentemente nossos alunos questionadores ao Google. Nosso triunfo com o Google é completíssimo, ele abrange uma realidade que temos de engolir: A escola automatizada e sem produtividade original. Ou seja, a coisificação oficial das pessoas. O virtualismo, corroborando com os desacatos da escola de contato, presencial.
Eu Creio num futuro pronto e acabado. Se quiserem chamar isso de predestinação, façam-no bem. Por isso, existem profetas verdadeiros; é inconcebível desvendar um futuro incerto. No entanto, não há nada mais tão criterioso que o destino. O futuro da escola é a sacudidura, quando todos sacarem os valores correspondentes ao prejuízo que ela lhes causou.