QUAL A IDADE CERTA PARA SER FELIZ?

Você acha que a vida precisa ter algum significado para ser vivida? Eu acho que não. Eu acredito que ela será vivida melhor se não tiver significado. Acho que não se pode medir esforços se o objetivo é a felicidade.

A felicidade, sempre buscada, é um sentimento relativo e varia de pessoa para pessoa. Não há um consenso comum, felicidade é sempre relativo ao momento, o que hoje nos causa uma grande emoção, logo depois já não tem mais tanta importância, nossos interesses mudam, outros desejos ou sonhos aparecem.

Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos, e o mais importante, ter energia bastante para realizá-los a despeito de todas as dificuldades e obstáculos existentes.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo, nem culpa de sentir prazer. É aquela fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida a nossa própria imagem e semelhança, e vestir-se com todas as cores, e experimentar todos os sabores e entregar-se a todos os amores

sem preconceito nem pudor. Nessa idade tudo é belo, tudo é alegria e o mais importante, tudo é permitido.

É tempo de entusiasmo e coragem em que todo o desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo novo, e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se presente e tem a duração do instante que passa.

Na realidade o único lapso de tempo para a felicidade que existe é o presente. A felicidade consiste em sacar rendimentos das pequenas coisas da vida cotidiana, o sorriso de um ser querido, as palavras amáveis de um amigo, uma comida deliciosa, um por de sol fantástico. Aí está à felicidade, não nas grandes coisas. Se qualquer aspecto do passado ou do futuro condiciona nosso presente, que é o único que existe, então nós estamos equivocando da raiz e perderemos o presente. Temos que recordar o passado, já que nele reside nossa experiência, e temos que prever o futuro, mas sempre sem condicionar o presente. Nós nascemos sem pedir e morremos sem querer, então, devemos aproveitar o intervalo!