MENSAGEM DE NATAL
MENSAGEM DE NATAL
Os anos sucedem e no seio da humanidade cristã mais uma vez se apresenta a data natalícia do Cristo para sua comemoração. Desde o nascimento do Menino Jesus já transcorreram dois mil e dez anos. Para os adultos é uma pausa para meditação. Para os novos seres que seguem nossas pegadas, é uma data aguardada com a ansiedade de uma lenda – a lenda do Papai Noel. Nada mais doce e lindo que o sorriso de satisfação no rostinho inocente das crianças que aguardam o bom velhinho de barbas brancas na esperança do presente que este, com certeza, deixará sob a árvore enfeitada.
Mas nem todas as crianças têm esse direito de receber presentes. Não têm pinheirinho; não têm presente e, muitas vezes, não têm nem a alimentação frugal de todos os dias (ou de alguns dias por semana) para aquele dia, quanto mais a ceia festiva do Natal. Comemorar o quê? A fome? Os presentes que só as crianças ricas e remediadas recebem? Simplesmente nada têm a comemorar. Tudo continua na mesmice repetitiva de sempre.
Cabe a nós outros, tidos como adultos – ricos, remediados e homens de coração condolente – o dever de meditar e de chegar ao consenso da solidariedade. E, descobrindo nessa meditação que somos adultos não somente na idade e no corpo físico, como também, no senso moral e de justiça, havemos de, individualmente ou em grupo, minimizar a expectativa tantas vezes frustrada – desses olhinhos tristes, fundos e desprotegidos da sorte. Em conseqüência, naquilo que estiver ao nosso alcance, fazendo bom uso dos nossos supérfluos, saciando a sede e a fome dessas barriguinhas torturadas pela fome, unidos ou individualmente, e mitigar a sede desses serzinhos carentes, também, de amor e solidariedade.
A todos os concidadãos chapecoenses; aos familiares, conhecidos e amigos; aos poetas/poetisas/escritores deste querido recanto das letras, meus mais efusivos votos de um feliz Natal no aconchego do seu lar. Um Natal cheio de estímulos e de esperanças aos menos favorecidos pela sorte. A esperança de que os “adultos” desta querida e rica terra brasileira hão de lembrar-se de cada um de vocês em suas meditações.
Feliz Natal a todos e o abraço deste recantista.
Afonso Martini – Natal de 2010.