Eu acredito em anjos
Acredito em muitas coisas, pouco usuais nos dias de hoje.
Penso que o mundo dito “modernizado”, descuida dos encantos da nossa (minha) infância.:
- histórias de faz-de-conta, ouvidas nas rodas ao final de tarde;
- brincadeiras de roda, com os amigos da quadra, da rua...;
- comer fruta no pé;
- e amora nas cercas vivas;
- picolé de abacaxi e groselha (que nos deixavam a língua colorida);
- matinês nas tardes de domingo;
- a “mesada” (dindim) que na verdade era uma “semanada”, ansiosamente esperada para os gastos que bem entendêssemos;
- as gincanas da escola (pelo puro prazer de participar, compartilhar).
Saudosismo? Talvez.....
Mas uma saudade gostosa , com gosto de bala “piper”, bala “chita”, “sete belo”, chiclete “ping pong”.
Depois veio a adolescência deliciosamente curtida nos bailinhos na garagem, ao som de Beatles, Rolling Stones, Elvis (aiiii), jovem guarda ....Giravam, giravam...nos discos de vinil, nas pequenas “vitrolas” portáteis.
O mundo, nosso mundo, era feito de encantamentos. As pessoas mais velhas eram chamadas de senhor e senhora. Havia um sentido implícito de “hierarquia”. E de maneira natural. Não era imposto. Fazia parte e pronto ! Os rebeldes sabiam que teriam que arcar com os próprios caminhos.
Hoje, nem preciso dizer, há anos luz em “conceitos” de vida.
Sem pretender questionar, digo apenas que esta lembrança de infância e juventude, me faz muito bem. Confirma a frase por mim Refeita: “ eu era feliz e SABIA”!
Sim, nós sabíamos que éramos felizes.
A herança disso tudo?
Eu acredito no bem, na amizade, no compromisso, na felicidade. E sonho com um mundo muito melhor. Sei que podemos. Sei que posso.
Afinal......
Eu acredito em anjos.