Meu mico, mico meu!
Alguns micos que já cometi, em formato de historinha!
"A preferencial é sua!"
Há algumas semanas tava eu voltando a pé numa rua de minha cidade. Entre o Carrefour e o Shopping, vi um carro parado antes da faixa, um casal dentro, com placas de cidade vizinha. Imaginei que eles não sabiam que a preferencial era deles naquela rua.
- Ei, pode ir, a preferencial é de vocês! Quem sobe é que tem que parar.
- Mas é que tem o SEMÁFORO, moço! - apontou-me a moça, no banco de passageiro.
Pois é, amiguinhos, não me acostumei com o semáforo novo daquela rua, apesar de já estar instalado e funcionando há um mês!
"Cadê a meia?"
Quando vou calçar os tênis, tenho o costume de pegar as meias e pendurar nos ombros, para desocupar as mãos e poder afrouxar os cadarços. Aí eu esqueço que pendurei as meias no ombro e fico procurando o quarto inteiro. Só encontro quando abro a porta do guarda-roupa e vejo pelo espelho que as meias estão no ombro. Detalhe: isso já aconteceu QUATRO VEZES!
"Chinelo me deixou na mão"
Tava voltando pra casa e a havaiana esquerda arrebentou quando faltava uns oito quarteirões pra chegar. Como achei desagradável andar com um chinelo só, fiz o percurso descalço. Detalhe: moro no centro da cidade.
"Ferro de passar"
Eu sempre fui desastrado com os objetos. Vivo esbarrando em copos, garrafas, porta-canetas... uma vez até o rádio eu dei conta de derrubar da estante. E tava ao vivo, falando pelo telefone numa FM! O radialista levou um puta susto...
Em compensação tenho bom reflexo. Já salvei vários objetos em queda, agarrando-os ou amparando-os no ar. Até um vaso de planta eu já consegui evitar que se quebrasse, amortecendo a queda com o pé. O peito do pé ficou roxo igual um suflê de uva, mas consegui salvar o vaso.
Certa vez eu tava passando roupa e pus o ferro na beirada da tábua de passar. Bati com força o pé na perna da tábua. O ferro chacoalhou e tombou. O reflexo apurado me fez levar as mãos para tentar segurar o objeto e evitar a queda. E o MALDITO reflexo que não me deixou ter tempo para reflexão me fez queimar os dedos e soltar o ferro, que caiu no chão e se arrebentou.
"Menor abandonada"
Fui cortar o cabelo (cabelo... se isso aqui é cabelo então meus sovacos têm penteado) no salão que vou costumeiramente. Como é perto de casa, fui de bicicleta. Ao chegar, tranquei a bicicleta num tronco de árvore na calçada enfrente e fui pra salinha de espera.
Ao folhear uma revista antiga vi uma reportagem que me interessou e pedi para a moça da recepção a revista emprestada para xerocar.
Assim que o serviço na minha juba tava feito, fui lá rapidinho com a revista tirar umas cópias. Apressadamente porque o salão tava quase pra fechar pro almoço. Aproveitei e xeroquei também uns materiais de inglês e comprei um jornal cuja capa tinha uma foto minha ajoelhado. Eu não tava rezando, tava examinando uma piscina durante o trabalho e tiraram foto para publicar no jornal.
Bom... fui pra casa e de tardezinha tocou o telefone.
- Alô.
- É o Gabriel?
- Ele mesmo.
- Oi, Gabriel, aqui é a cabeleireira. Por acaso a BICICLETA AZUL trancada aqui na frente é sua?
("Caraizkoputaquevozpariu, bixãoburrodadisgraçamano!") um turbilhão de palavras feias contra mim mesmo invadiu o pensamento. Fui rapidamente até lá buscar a pobre magrela que, se fosse gente, já teria feito um B.O. contra a minha pessoa.
"Barata perfumada"
Sempre que encontro baratas passeando pela casa, dando sopa, trago o inseticida e dou uma boa e derradeira borrifada. Depois, quando já estão durinhas, basta jogá-las no lixo.
Anteontem, chegando ao banheiro, notei uma delas na parede. O inseticida fica guardado lá mesmo. Agarrei o frasco, dei um "banho" na intrusa. Foi aí que percebi que errei de lata e usei o "bom ar".
Ela tonteou, caiu, recuperou-se e fugiu. Deve ter agradecido por eu tê-la feito ficar cheirosa.