Gonzaga e Luzia: dois santos
Hoje eu amanheci cantando Luiz Gonzaga! Sei de cor a maioria dos seus baiões e toadas. Ouço suas músicas, desde minha mais tenra infância.
Do velho Lua, tenho CDs raríssimos comprados até em sebos, nos meus périplos por Fortaleza, São Paulo e Rio de Janeiro. Parece mentira, mas, até em Nova York comprei um CD com vinte músicas do compositor de O Xote das meninas!
É sempre muito agradável ouvir o Gonzaga cantando, por exemplo, com a Carmélia Alves que, noite dessas, vi num desses programa de televisão que pode ser assistido sem precisar tirar as crianças da sala. Velhusca, mas sorridente; feliz da vida.
Deixei o sertão do Ceará, vim pra "capitá", e continuei ouvindo o Luiz. Não mais pelos fanhosos serviços de alto-falantes da roça, mas pelas ondas das rádios - AM e FM - que enriquecem suas programações diárias com os baiões do inesquecível Gonzaga.
Seu fã ardoroso e fiel, duas vezes por ano eu recordo, com renovado e imenso prazer, o saudoso sanfoneiro: no dia do seu aniversário natalício, 13 de dezembro, e no aniversário de sua morte, 2 de agosto.
Em Exu, ele nasceu no ano de 1912; e no Recife, ele morreu em 1998. No dia de sua morte, o nordeste chorou... e eu também!
Nessas duas datas, a minha radiola (?) só toca Asa Branca, A volta da asa branca, A morte do vaqueiro, Cigarro de palha, Triste partida, Boiadeiro, Cintura fina, São João do carneirinho, Apologia ao jumento. Karolina com K, Açucena cheirosa e No meu pé de serra, uma composição em parceria com Humberto Teixeira, ilustre filho de minha terra, o Iguatu.
Agora cantem comigo, homenagendo o santo do baião: "Tudo do em vorta é só beleza/ Sol de abril e a mata em frô/ Mas assum preto, cego dos óios/ Num vendo a luz, ai, canta de dor (bis)/ Talvez por ignorança/ Ou mardade das pió/ Furaro os oió do Assum Preto/ Pra ele assim, ai, cantá mió (bis)/ Assum Preto vive sorto/ Mas num pode avuá/ Mil vez a sina de uma gaiola/ Desde que o céu, ai, pudesse oiá (bis)/ Assum Preto, o meu cantá/ É tão triste como o teu/ Também roubaro o meu amor/ Que era aluz, ai, dos óios meus/ Também robaro o meu amor/ Que era a luz, ai, dos óios meus."
Por que escolhi Assum Preto para musicar minha crônica? Muito simples: o sanfoneiro-cantador morreu no dia em que a Igreja Católica reza aos pés da santa protetora dos olhos, Santa Luzia. No dia de Santa Luzia, Luiz Gonzaga morreu cego. E como o seu Assum Preto, morreu cantando...
Hoje eu amanheci cantando Luiz Gonzaga! Sei de cor a maioria dos seus baiões e toadas. Ouço suas músicas, desde minha mais tenra infância.
Do velho Lua, tenho CDs raríssimos comprados até em sebos, nos meus périplos por Fortaleza, São Paulo e Rio de Janeiro. Parece mentira, mas, até em Nova York comprei um CD com vinte músicas do compositor de O Xote das meninas!
É sempre muito agradável ouvir o Gonzaga cantando, por exemplo, com a Carmélia Alves que, noite dessas, vi num desses programa de televisão que pode ser assistido sem precisar tirar as crianças da sala. Velhusca, mas sorridente; feliz da vida.
Deixei o sertão do Ceará, vim pra "capitá", e continuei ouvindo o Luiz. Não mais pelos fanhosos serviços de alto-falantes da roça, mas pelas ondas das rádios - AM e FM - que enriquecem suas programações diárias com os baiões do inesquecível Gonzaga.
Seu fã ardoroso e fiel, duas vezes por ano eu recordo, com renovado e imenso prazer, o saudoso sanfoneiro: no dia do seu aniversário natalício, 13 de dezembro, e no aniversário de sua morte, 2 de agosto.
Em Exu, ele nasceu no ano de 1912; e no Recife, ele morreu em 1998. No dia de sua morte, o nordeste chorou... e eu também!
Nessas duas datas, a minha radiola (?) só toca Asa Branca, A volta da asa branca, A morte do vaqueiro, Cigarro de palha, Triste partida, Boiadeiro, Cintura fina, São João do carneirinho, Apologia ao jumento. Karolina com K, Açucena cheirosa e No meu pé de serra, uma composição em parceria com Humberto Teixeira, ilustre filho de minha terra, o Iguatu.
Agora cantem comigo, homenagendo o santo do baião: "Tudo do em vorta é só beleza/ Sol de abril e a mata em frô/ Mas assum preto, cego dos óios/ Num vendo a luz, ai, canta de dor (bis)/ Talvez por ignorança/ Ou mardade das pió/ Furaro os oió do Assum Preto/ Pra ele assim, ai, cantá mió (bis)/ Assum Preto vive sorto/ Mas num pode avuá/ Mil vez a sina de uma gaiola/ Desde que o céu, ai, pudesse oiá (bis)/ Assum Preto, o meu cantá/ É tão triste como o teu/ Também roubaro o meu amor/ Que era aluz, ai, dos óios meus/ Também robaro o meu amor/ Que era a luz, ai, dos óios meus."
Por que escolhi Assum Preto para musicar minha crônica? Muito simples: o sanfoneiro-cantador morreu no dia em que a Igreja Católica reza aos pés da santa protetora dos olhos, Santa Luzia. No dia de Santa Luzia, Luiz Gonzaga morreu cego. E como o seu Assum Preto, morreu cantando...