NA FESTA DO NATAL, ESQUECERAM DO ANIVERSARIANTE!

Os Natais da minha infância foram desvirtuados. Perderam o sentido real. Viraram mercadoria, onde o consumo se sobrepõe ao espírito.

Quem dá o melhor presente? Quem dá o maior? O mais caro? Quem faz a festa mais "comestível", onde a mesa enche os olhos e o estômago? A glutomania em detrimento do amor fraterno... Quem estoca mais champagne, cerveja, wisky? As mentes se turvam, nubladas pelo álcool em abundância. Os ânimos se acirram, ofuscados pela bebida em excesso, provocando discussões sem sentido. As diferenças reprimidas entre alguns membros familiares vêm à tona e os desentendimentos acontecem. O álcool substitui a fraternidade...

Pareço estraga prazeres, mas o prazer sadio já foi deturpado, há muito, muito tempo. Mas, que importa tudo isso? As lojas vendem... Vale vender, vale o lucro, vale encher mais o bolso dos capitalistas. Que importa se dpois, passada a euforia das compras, o trabalhador, já tão sobrecarregado, se veja numa "saia justa" para pagar o que comprou em "suaves" prestações? Os Bancos estão aí e são "bonzinhos". Nos "dão" dinheiro quando a saia justa ameaça impedir nosso caminhar. Banco é para isso mesmo... Para substituir uma dívida pela outra. Que importa se os juros exorbitantes tornam a dívida maior? No momento, o empréstimo é a tábua de salvação.

Sou estraga prazeres? Sou o "advogado do diabo", numa época "santa"? Santa em que? Se em meio à festa, o próprio aniversariante é esquecido? Se o presente, a comida, a bebida substituem o verdadeiro sentido natalino?

É, os Natais da minha infância há muito se perderam no tempo. Tempo em que a família não consumia tanto em supérfluo, em que a criança ganhava um brinquedo e era feliz. Tempo em que a mesa era modesta. Tempo em que Jesus sentava à cabeceira da mesa do Natal. E o amor imperava sobre todas as coisas.

Será que ainda conseguiremos recuperar o verdadeiro sentido do Natal? Será que, na festa do Natal, ainda nos lembraremos do aniversariante e da mensagem divina que Ele nos deixou para dar esperanças ao nosso coração? Será que nos lembraremos que Ele está sempre de braços abertos, pronto para nos acarinhar e nos acolher?

Giustina
Enviado por Giustina em 12/12/2010
Reeditado em 24/02/2014
Código do texto: T2667545
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